Homem confirma que foi contratado por ex-vereador por R$ 10 mil para matar o prefeito de Paiçandu

Carlos José Batista, 39 anos, conhecido como Amaral, confirmou nesta quarta-feira que foi contratado pelo ex-vereador Anisinho Monteschio (PP) para matar o prefeito de Paiçandu, Moacyr José de Oliveira. O depoimento aconteceu no 5º Distrito Policial, em Maringá, agora à tarde. Ouviram o depoimento o delegado-chefe da 9ª SDP, Marcolino Aparecido da Costa, os promotores de justiça Maurício Kalache e José Aparecido da Cruz, além do tenente Kummer e do soldado Zanon - este, responsável pela prisão de Amaral, que estava foragido desde que sua companheira, Maria Iraci da Silva, informou à polícia que ele tinha sido contratado para o "serviço", cerca de um mês atrás. Sua preventiva estava decretada desde o dia 15 de junho. Ele teria recebido uma Kombi e R$ 300 antecipados para comprar a arma. Amaral, que cumpriu pena por assalto a mão armada, também estava de posse de um papel, que teria sido escrito pelo próprio Anisinho, com seu telefone celular. A contratação deu-se por R$ 10 mil, em duas parcelas.
Anisinho está preso na cadeia pública de Maringá desde a tarde do último dia 7 e será ouvido amanhã às 14h no Fórum da cidade. Ele é acusado de peculato e crime continuado: teria se apropriado de mais de R$ 400 mil em taxas de ITBI e IPTU, falsificando recibos da prefeitura. Ex-presidente da Câmara Municipal de Paiçandu, ele é filho do cartorário Anisio Monteschio, que foi prefeito por duas vezes daquela cidade. Anisinho era escrevente do cartório, e teria se aproveitado da condição para o desvio do dinheiro. No último sábado ele recebeu na cadeia a visita dos deputados Ricardo e Cida Barros. Anisinho, que disputou a prefeitura de Paiçandu duas vezes, era cogitado para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa.