Deputados apresentam moção de repúdio contra o deputado Ricardo Barros
Matéria distribuída hoje pela Agência Estadual de Notícias:
O principal motivo apontado pelos deputados para a tentativa de federalização ou privatização dos portos seria o interesse de políticos locais e grupos empresariais estrangeiros em exportar soja transgênica através dos terminais paranaenses.
Vários deputados do Paraná estão ao lado do governador Roberto Requião na luta contra a tentativa de parte bancada de oposição na Câmara Federal de tirar do governo do Estado a administração dos Portos de Paranaguá e Antonina e vão apresentar uma moção de repúdio ao autor da proposta, o deputado federal Ricardo Barros (PP). O principal motivo apontado pelos deputados para a tentativa de federalização ou privatização dos portos seria o interesse de políticos locais e grupos empresariais estrangeiros em exportar soja transgênica através dos terminais paranaenses.
Segundo o deputado estadual Cleiton Kielse (PMDB), a mudança na administração dos portos, se aprovada no Senado, vai atrapalhar o barateamento dos custos de manutenção e desestimularia investidores. “Esta é a coisa mais ridícula que inventaram com o objetivo único de atrapalhar a política do governador Roberto Requião. Tenho certeza de que a Assembléia Legislativa será unânime em apoiar a moção de repúdio”, declarou.
Compartilhando da mesma opinião, o deputado Artagão Júnior (PMDB) engrossa o “coro” dos indignados com a proposta aprovada na Câmara. Segundo o parlamentar, o decreto legislativo apresentado por Barros é uma política clara no sentido de retaliação às posições assumidas pelo governador Roberto Requião. E alerta: “Se houver mesmo intervenção, não apenas o Paraná será prejudicado mas, a curto prazo, o próprio governo federal”.
O relator da CPI do Porto, deputado estadual Alexandre Curi, lembra que os problemas no Porto de Paranaguá vinham se acumulando há anos sem que nenhuma providência fosse tomada. A Comissão Parlamentar de Inquérito, realizada em 2003 pela Assembléia Legislativa do Paraná, detectou problemas nas vias de acesso, falta de limpeza no cais, problemas na dragagem e filas de espera para embarque.
Mas, segundo Curi, o atual superintendente da Appa, Eduardo Requião, foi muito solícito ao sanear as questões apontadas. Foram feitas pavimentações em concreto nas vias de acesso e os demais problemas foram devidamente solucionados”, observou. Ele afirma que a tentativa de federalização ou privatização está diretamente ligada ao embarque de transgênicos, já que parte do governo federal é favorável à questão.
Câmara – Igualmente aos deputados estaduais da bancada governista, a deputada federal Dra. Clair (PT-PR) posicionou-se contra o projeto de decreto legislativo. Para a deputada, a origem do projeto de federalização está no “lobby” de deputados que são favoráveis ao cultivo de transgênicos: “O Paraná tornou-se referência na resistência ao plantio e exportação de transgênicos, e o processo de federalização pode significar justamente os interesses das grandes multinacionais e do agronegócios no setor”, explica.
Em sua opinião, é preciso garantir a manutenção da política do governo paranaense em relação aos transgênicos e, ao mesmo tempo, evitar que setores estratégicos para o Brasil, como são os portos, sejam privatizados. “Neste momento, precisamos garantir a manutenção da política da diversidade que é representada, em especial, pela política do governo paranaense com relação aos transgênicos. Além disso, não podemos correr o risco da privatização de áreas essenciais para a economia do País”, concluiu.
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