Bertholdo é amigo de Janene e Borba e advoga para Ricardo Barros
Continua a reportagem do Jornal de Brasília, publicada ontem:
O Jornal de Brasília conversou com o advogado Roberto Bertholdo, que deu sua versão para os fatos. Com relação ao caso em que, supostamente, teria agredido seu sócio de escritório de advocacia, Sérgio Renato Costa Filho, Bertholdo afirma que jamais torturou ou tentou extorquir dinheiro de Costa. Irônico, o advogado ainda mencionou que nem mesmo os homens da SWAT aguentariam 14 horas de tortura, "ainda mais um anão alto como ele". De acordo com Bertholdo, Costa é um homem com problemas de saúde, sendo difícil que agüentasse tantas horas de tortura.
O advogado revela ainda que a investigação foi o motivo que o fez abandonar o cargo de Conselheiro da Itaipu Binacional. "Quando descobri o inquérito, pedi demissão", justifica. Ele negou, inclusive, a inimizade com o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek. "Duvido que ele não goste de mim", afirma.
Bertholdo confirmou ser amigo dos deputados José Borba (PMDB-PR) e José Janene (PPB-PR), além do ex-deputado estadual Tony Garcia, para os quais já advogou. "Em virtude do trabalho, acabamos criando uma amizade", lembra. "E também sou advogado do deputado Ricardo Barros (PP-PR)", completa, citando o deputado federal acusado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de crime contra ordem tributária.
dirceu Sobre sua ligação com o ex-ministro da Casa Civíl José Dirceu, Bertholdo começou com uma versão e terminou com outra. Num primeiro momento, brincou dizendo que sua relação com Dirceu era apenas jornalística, ou seja, "sempre o vejo nos jornais e revistas". Depois, negou qualquer relação com o ex-ministro. "Nunca tive contato", garantiu. Questionado mais uma vez sobre o assunto, Bertholdo afirmou já ter cumprimentado Dirceu e, na terceira vez, assumiu que já haviam conversado. "Mas nunca falei mais de um minuto", insistiu.
Bertholdo também negou que tivesse feito qualquer proposta de ampliação da Itaipu Binacional para viabilizar que a empresa realizasse assistência social. "Mesmo porque há muito tempo ela presta assistência social, principalmente para o Paraguai, por necessitar mais", explica Bertholdo.
Sobre uma possível viagem feita por ele em um jato Learjet 31, de propriedade da Vip Jet, que é fornecedora da Itaipu, a seqüência de respostas de Bertholdo foi "não sei", "acho que não", "jamais", "quase certeza que não", "nem conheço" e "todos os meus vôos são feitos com meu dinheiro, dinheiro particular".
Esta última informação, porém, está em desacordo com os registros da Itaipu, onde consta o pagamento de viagens para Bertholdo entre Curitiba e Foz do Iguaçu e de Foz do Iguaçu para o Rio de Janeiro.
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