E o tempo passa...

Guardo bem o Dia de Reis. Hoje faz 29 anos (!) que sofri meu primeiro acidente sério. Acho que contei a história por aqui, por cima, há alguns anos. Tinha 18 anos, fiz uma matéria nos Correios e retornava para a redação d´O Diário velho (onde hoje é a rodoviária) quando um carro cruzou a frente do Fusca do jornal. Tinha acabado de chover e só me lembro de ouvir o xingamento do motorista, finado seu Caetano, e a pancada. Por sorte, o acidente aconteceu perto da Santa Casa, na esquina da Brasil com Mathias de Albuquerque. Levei 39 pontos no rosto, a orelha esquerda rasgou e foi toda costurada com a anestesia acabando. Parecia um monstrinho, cheio de pontos, o branco dos olhos tomado de sangue, a mão esquerda toda enfaixada. Os óculos a la John Lennon evitaram que ficasse cego e indo para o hospital, do nada, ouvia a música Abre-te Sésamo, de Raul Seixas. Mas foi só o primeiro: 13 anos depois aconteceu o segundo, mais sério.