Prefeitura provoca tumulto na conferência municipal

Marcada para começar às 8h30, no Auditório Hélio Moreira (que não é um território neutro, pois fica no paço municipal), a audiência pública para discutir o Plano Diretor de Maringá está tumultuada. Uma hora antes do horário marcado, uma estratégia armada pelo prefeito Silvio Barros II e pelo secretário Jurandir Guatassara Boeira fez com que os 125 crachás para votantes acabassem todos nas mãos de representantes do poder público e de apoiadores de campanha. Para os que querem discutir a situação com o cuidado que ela merece - afinal, entre as propostas está o fim da construção das casas geminadas e o aumento do perímetro urbano -, sobraram apenas os crachás de observadores. Na prática, a ação inviabiliza a participação da sociedade no processo, que deveria ser democrático.
A jogada baixa, típica dos regimes autoritários, está causando um tumulto que deve acabar com a presença da polícia no local. Sem contar que as mudanças que deveriam ser dicutidas pela comunidade já foram enviadas pela administração à câmara municipal, o que dá o sentido exato da sacanagem que o prefeito quer fazer com um assunto tão sério.