Reflexões sobre a vida

A morte de Celso Pitta aos 63 anos e os tormentos dos últimos anos vida nos levam a refletir sobre o quanto é efêmero o poder. Vale a pena deixar de ser honesto e entrar para a política, se metendo em maracutaias? Discípulo de Paulo Maluf, do PP, assim como é Ricardo Barros, Janene, e tantos outros políticos famosos, Pitta passou os últimos anos de sua curta existência angustiado pelos processos e algumas prisões. Escutas telefônicas liberadas numa das operações da PF revelram um Pitta quase implorando para um doleiro a liberação de R$ 75.000,00, provavelmente de dinheiro que mantinha em contas no exterior, como tantos outros. Dinheiro da corrupção e desvios geralmente ficam em nome de laranjas e doleiros, sem garantia. Agora com a sua morte, provavelmente, ficarão para esses e a ex esposa Nícéia também ficará sem nada. Vale a pena ser corrupto e desviar dinheiro público? Fico imaginando dos R$ 142 milhões do Contorno Norte, quantos por cento tomam este destino. Se 10% serão R$ 14.2 milhões, mas pode ser 20% R$ 28,4 milhões. Muito dinheiro.  Voltando à morte de Pitta, de que adiantou desviar recursos? Usufruiu? Provavelmente não. E agora, do outro lado da vida? Fico lembrando do que disse Silvio II aos Prefeitos em Brasilia. Como está sendo a prestação de contas de Pitta a Deus? Dizer o que? Quantos morreram pela falta do recursos que foram desviados?  Que Deus tenha pena do Pitta, que lhe dê os benefícios de uma espécie de delação premiada diferente. Que o libere para como fantasma alertar políticos corruptos sobre a situação que encontrarão do lado de lá. Seria muito bom que começasse por Maringá. Teria muito trabalho. 
 
Akino Maringá, colaborador