19.11.09

O custo de perder a vergonha

Trechos do artigo do psicanalista Pacho O ´Donnell no Clarín, via ex-blog de Cesar Maia:

Costuma ser devastadoramente comum,nos tempos em que vivemos, falhar esse decisivo preservador do funcionamento moral de uma sociedade: a vergonha. Será útil aqui resgatar o conceito de “vergonha”, tal como formulada por Aristóteles em sua obra “Retórica” e também “Ética a Nicômaco”, que por vezes torna-se sinônimo de “pudor”. O primeiro define a vergonha como “arrependimento ou embaraço relativo a vícios presentes, passados ou futuros, cuja presença acarreta uma perda de reputação”. É o sentimento que se sofre como resultado de haver cometido um ato desonroso.
A obra “Ética a Nicômaco” a define como “medo do descrédito” sentimento anterior a consumação do ato reprovável que assim se constitui em um freio moral. Em ambos os casos, o fantasma da iminente perda de reputação, pelo realizado ou pelo pensado, perturba e provoca o medo do julgamento dos outros e da conseguinte rejeição social.
Para que isso aconteça é necessário ter um consenso coletivo concreto e definido sobre o que é bom e o que é ruim para a sociedade. Mas a sociedade em que vivemos está longe de incentivar ações virtuosas. Pelo contrário, o que prevalece é a inescrupulosidade, o pragmatismo, a ganância, o “ter” como substituto do “ser”.
Onde terá ido parar a vergonha daquele que desvia para seus bolsos, fundos públicos destinados a diminuir a pobreza de 30% de nossos semelhantes? E não é o único “sem vergonha”. Infelizmente são muitos. Demasiados. No decorrer dos cem anos passados a vergonha socializada foi-se extinguindo. Somos uma sociedade que foi perdendo e minguando anticorpos contra a autodestruição. Entre eles o da vergonha.

2 pitacos:

Anônimo,  11:45  

ohh tio esta mensagem é presente de aniversário pra alguém?

Anônimo,  14:09  

Acho que tem tudo a ver. Ivan
Minuta para uma introdução crítica à melhoria do sistema jurídico brasileiro
Critico a laboriosa categoria dos operadores de direito e a OAB, de um passado glorioso em prol de lutas pelos direitos humanos e instauração do Estado de Direito e da Democracia, hoje, um sindicatão que serve apenas a legitimar o status quo, que traduzo por mediocridade, insensatez, falta de ética, desonestidade, ainda que de uma minoria impune de desqualificados, velhos e jovens operadores de direito.
O advento de uma glasnost sopra em favor de uma perestroika que venha instaurar a renovação e uma verdadeira revolução ética na Ordem e no Judiciário.
Meus reclamos e clamores.
Que o nosso grito, ainda que da surdez do mais profundo abismo, seja ouvido, senão hoje, no amadurecimento do futuro próximo...
1. O Sistema Jurídico Brasileiro tem um modelo discricionário, discrimina os mais pobres e contempla a elite, prima pela desfaçatez da incompetência, morosidade, burocracia e a prepotência de conduta dos senhores juízes, de pouca isenção na qualidade de suas sentenças.
2. Há práticas abomináveis como tráfico de influência junto ao Judiciário, suspeição de juiz e um corporativismo perverso na Ordem.
...
12. A título de curiosidade, cito casos de “pouco caso” do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-Pr em relação às representações que fiz, conforme os processos protocolados de números 23269 – 17/07/2006; 19355 – 10/07/2007; 1176 – 15/01/09; e 43757 – 2009 18/09/2009. Limitaram-se notificar e inicialmente indeferir. E para sabermos que fomos notificados, tivemos que ir até a sede da OAB. Disse um conselheiro do citado tribunal, que a representação, para se configurar como tal, tem que ser validada por cartório ou por ele expedida. E os cartórios, por sua vez, dificultam ao máximo, se é que fornecem, e se fornecem, não o fazem em tempo hábil.

Em síntese, e por enquanto, o que lembro, é isso, senhores da Justiça, senhores do Direito.
Espero ter contribuído, de minha parte, em acender uma primeira vela ao velório do Sistema Jurídico Brasileiro.
Grato pela atenção

*José Aparecido Fiori

jornalista (diplomado), vítima suplicante da In-Justiça do Sistema Jurídico e dos Operadores de Direito.
Publicado em 19/11/2009 gazetadenovo.com (na íntegra)

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