10.11.09

Direitos e costumes: o caso Geisy

Trecho de artigo de Rudá Ricci:

Até onde se sabe, o andar e o estilo de Geisy não ofenderam a vida, não agrediram fisicamente. A selvageria e censura que sofreu foram pelo que ela insinuava. Um olhar, um andar, um percurso distinto. E aí entramos no mundo da censura plena. Esta foi a deixa do mcarthismo que apelava
pela denúncia sem provas, pela delação pela moral perseguida pelas insinuações. Não imaginava que o remake do filme A Onda fosse tão oportuno. Na íntegra.

10 pitacos:

Mestre dos bofes,  10:23  

Apoio a decisao da UNIBAN que foi revogada, a de expulsao da aluna que andou vestida igual p...

Anônimo,  12:04  

Depois que se retirou as matérias de Edeucação Moral e Civica das escolas, que dizer que então agora tudo pode, bons custumes e moral e um bem que a civilização nos dá todos os dias, exitem regras para convivermos em sociedade, se isto acabar para que então vamos precisar andarmos na linha?????

Anônimo,  12:33  

Eu acho que a versão da imprensa não está completa, porque ninguém jamais faria aquilo com uma pessoa que está usando mini saia. Eu acho que vi um membro da comissão de disciplina da Unibam, comentando que a moça estava em uma patamar de escada, com mini saia e sem calcinha se exibindo para quem passava embaixo. Eu achei a reação de outros alunos demasiada para quem apenas utilizava mini saia. Sei lá.

Anônimo,  13:04  

A Uniban tomou uma atitude correta com a moça, a da expulsão. Essas ninfomaniacas sção como os estrupadores, perdem a noção do certo e do errado. Não que eu apoie aquele linchamento moral, dos alunos, mas essa moça que ervergonha toda a sua familia, aprenda a se comportar daqui para a frente.

Anônimo,  15:43  

Noção de certo ou errado, do respeito com o outro e consigo mesmo começa em casa .Quer seja para moças de mini vestidos vermelhos, alunos universitários, professores, diretores de faculdade, ministros e magistrados.

ruda@inet.com.br 18:17  

Uau.... conservadorismo dos brabos, heim?
Não se trata de educação que vem de casa. Percebam como nossos adolescentes deixam suas cuecas á mostra. Como andam sem camisa. Percebam como as dançarinas do Faustâo estão vestidas. Sinceramente: todos eles nos ofendem?
Quando Leila Diniz foi à praia mostrando sua barriga em plena gravidez, também houve quem, do alto do conservadorismo, pedisse a proibição. Hoje, é bem possível que algumas velhinhas comentem o quanto uma vestimenta menos ousada na praia estaria prejudicando e sufocando o bebê.
Enfim, toda tradição é superada pela história. Toda. Por que, felizmente, a tradição é feita pelo ser humano. E o ser humano muda.

Anônimo,  19:38  

A propaganda é a alma do negócio.Que a moça tenha a aportunidade de divulgar sua mercadoria
em paz.ahahah

Anônimo,  19:48  

O que está faltando na Geisa é elegancia e simancol. Ela não sabe se vestir conforme a ocasião...Numa escola se veste de uma maneira, na igreja de outra maneira, na praia de outra e assim por diante...Ela abusou e levou....

ruda@inet.com.br 21:01  

Tendo a concordar que Geisy (não Geisa) sabia que estava ousando. Mas veja o linguajar que vários anônimos utilizam aqui. Há excessos.
O que quero dizer é que há uma diferença conceitual entre tradição, moral e crime ou ato ilícito que mereça punição. A Uniban, agora, acertou, porque resolveu adotar uma medida que é compatível com um projeto educacional. O problema é que queria expulsar, justamente uma instituição que educa. O erro da universidade foi muito mais grave que o da menina. Bastaria chamá-la para uma conversa e punir a selvageria da multidão de muitos alunos com evidentes problemas em relação à sua sexualidade. Foram na mesma linha que o que a acusa de ninfomaníaca.
Minha questão é até outra. Foi um ato conservador. Falta de tolerância. Bastava uma conversa, uma negociação. Muitas universidades brasileiras vivenciaram situações muito piores e souberam contornar com sabedoria e concepção educacional. E precisamos entender que jovens são ousados. O dia que forem conservadores o futuro do mundo estará em perigo. Lembram-se da primeira parte daquela máxima (quem não foi de esquerda na juventude não tem coração)? Obviamente que é uma generalização. Mas o que quer afirmar é que ser jovem é ter algo de transgressor, de duvidar das regras, de pensar sobre seu significado. E somos nós, educadores, que devemos dialogar com essas dúvidas, definindo o que há de razoável na dúvida e o que há de ofensivo à convivência social. Quero deixar claro que escrevo justamente porque respeito o debate e a diferença. Nem de longe estou pensando em provocação, mas numa discussão aberta, entre diferentes. Moral são valores e crenças construídas historicamente. Não existe uma moral mais acertada que outra. Todos agrupamentos criam sua moral como um cimento entre os indivíduos. Punks, anarquistas, roqueiros, comunistas, yuppies, todos possuem uma moral que os une. E todos mudam, porque os valores são históricos. Datados.

zé do jango,  00:07  

É, esqueceu dos capitalistas nojentos que vão compra o corpo da moça como se fosse banana, e achando que o dinheiro compra tudo, inclusive a dignidade.

Postar um comentário

Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.

  © Blogger templates 2008

Para cima