16.10.09

Rampas escondidas não são inclusivas

O Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (Crea) do Estado do Paraná vêm realizando um ótimo trabalho na questão de acessibilidade, os profissionais da área estão muito bem conscientizados nesta questão. Inúmeras visitas estão sendo realizadas no Estado em edificações já existentes. Em algumas dessas visitas estive presente. E praticamente todas necessitam de adequações; é o caso do Aeroporto Regional Silvio Name, de Maringá. Um detalhe que a comissão de fiscalização encontrou foi o elevador, está totalmente fora da NB 9050. O acesso ao controle dos andares; pessoas de baixa estatura não conseguem e muito menos quem utiliza cadeira de rodas.
Infelizmente o órgão não tem como mudar a concepção de certos projetos arquitetônicos, é comum ver em maquetes de grandes edificações como templos religiosos, condomínios, shoppings as rampas de acesso para pessoas com deficiências físicas estar bem disfarçadas, escondidas, e que na verdade, deveriam estar bem localizadas; isso não é inclusão. O que garante de fato a inclusão dos deficientes é um acesso comum, e não escondido, dá-se a impressão de que as rampas não compõem o projeto arquitetônico. Como exemplo está o projeto arquitetônico da igreja da vizinha cidade de Munhoz de Mello Padroeiro São Sebastião. Um bom projeto arquitetônico elaborado com esmero e dedicação reúne os elementos funcionalidade e estilo. Não basta colocar os elementos de acessibilidade somente para cumprir as normas vigentes, mas sim de forma capaz de fazer unir estética e visibilidade. O correto é que a entrada principal seja também acessível às pessoas deficientes e não nas laterais como são construída a maioria das edificações coletivas. Facilitar o acesso de pessoas deficientes a locais públicos é dever de quem elabora desde o croqui até a execução final da obra.

Vicente Lugoboni é jornalista
lugoboni@gmail.com

1 pitacos:

Anônimo,  12:30  

O Crea deveria começar fazendo a lição de casa. O auditório que existe na sede da entidade em Maringá é um verdadeiro desrespeito aos cadeirantes, que não podem sequer chegar até a primeira fila de cadeiras porque simplesmente não existe rampa, somente escadas. Subir no placo então nem pensar, a não ser que alguém os leve no colo.
O banheiro então é um exemplo de falta de planejamento. O espaço destinado aos cadeirantes fica exatamente na direção da porta de entrada. Se por acaso alguém estiver usando o local e não tiver condições de fechar a porta do cubículo e uma pessoa adentrar o banheiro o cadeirante pode ser visto por quem está no corredor.
Os mictórios para as pessoas que não tem necessidades especiais também são horríveis, os espaço não tem nem meio metro de largura e fica atras da porta de entrada. Quem está urinando corre o risco de levar uma portada nas costas caso alguem adentre o banheiro enquanto ele tira água do joelho.

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