Maringá e suas diversidades
Se pescadores tivessem me contado certamente não acreditaria, mas como vi com meus olhos, tenho que acreditar: em plena avenida Carneiro Leão, bem em frente ao Edifício Transamérica, dois filhotes de urubus em cima da marquise esperando seus pais trazer alimentos; dá para saber que são filhotes pelas penugens. É uma cena rara de se ver, pois jamais em minha vida imaginei que teria essa chance.
Maringá tem dessas coisas, é uma cidade moderna, e ao mesmo tempo rústica, é um misto de tudo, aqui é possível contemplar a natureza exuberante, com suas árvores multicores, aos ruídos dos jatos internacionais, uma cidade abençoada por Deus. É claro que como toda cidade grande tem seus problemas, mas também encontramos aqui um potencial enorme de superar toda sorte de crises.
A Cidade Canção pode se tornar um verdadeiro pedacinho do céu se cada maringaense fizer sua parte, principalmente colaborando de forma inteligente dando opiniões, fazendo da cidade extensão de sua casa, uma cidade só é boa quando toda sua população podem viver pacificamente, caso os quase 400 mil habitantes doassem 1 real por mês para uma entidade séria e esse dinheiro fosse para ajudar na recuperação de drogados, crianças de rua. Certamente a cidade seria outra, é uma lástima ver tantas pessoas ganhando a vida vendendo balas nos semáforos, deficientes mendigando moedas. Apenas (um) real por pessoa já mudaria muito a vida dessas pessoas que estão nas ruas não por opção, mas por não ter perspectivas de melhorar. Tanto dinheiro são gastos sem nenhuma necessidade, ninguém é tão miserável que não pode ajudar com 1 real por mês para mudar a vida de tantas pessoas. Vivemos todos com medo de assaltos, mas se nós cuidarmos dessas pessoas que perambulam usando crak certamente o medo vai desaparecer, é bem mais vantagem retirar essas pessoas dando um local digno do que gastar dinheiro com cercas elétricas, grades nas janelas.
Vicente Lugoboni é jornalista lugoboni@gmail.com
6 pitacos:
Vixi! Liga na tv Cultura AGORA!
Isso é pauta de primeira.
Com cereza vão fazer um 'aovivo' de lá ainda hoje no jornal do almoço!
huahauhuahua
O Rigon, esse Lubogoni trabalha na RPC?
Na caixa d'água da minha casa tem um ninho de urubus e eu não fiquei tão espantado!!!!!!
Ai que bonitinho, mas isso foi viagem na maionese, me desculpe!
Antes fossem só os usuários de crack que assaltassem nessa cidade, o prejuízo seria bem menor...
Ah, uma vez um casal de urubus pousou no parapeito da sacada do apartamento onde eu morava, se vc quiser te dou a foto!
Meu amigo Vicente Logoboni é um observador implacável da vida da cidade. Depois das meninas das proximidades da catedral e da antiga rodoviária, ele agora percebe os urubus.
Caro Vicente, a presença dos urubus nas grandes cidades talvez seja tão antiga quanto a dessas mulheres fáceis de vida difícil (essa é do Chico Anísio).
Nos tempos antigos eles eram atraídos pelos cadáveres que a aglomeração humana sempre produzia. Os egípcios, assírios, babilônicos e romanos foram grandes amigos dos urubus.
Geralmente os cadáveres dos “descontentes” com o sistema ficavam expostos aos urubus como exemplo para aqueles que tinham pensamentos subversivos.
Hoje eles são atraídos pelos vazamentos de gás dos prédios. Quando você vê urubus em um prédio, pode chamar o cara da manutenção que tem vazamento.
Os urubus vivem em cidades nobres do primeiro mundo e também nos desertos por onde passam gasodutos, enganados pelo cheiro do gás.
Os responsáveis pela manutenção de gasodutos também são amigos dos urubus, mas por motivos diferentes de egípcios, assírios, babilônicos e romanos: eles acusam onde estão os vazamentos.
Os caras ficam na boa com um binóculo observando os urubus. Quando eles começam a fazer roda em um determinado ponto, o vazamento está descoberto.
Acho que hoje, tanto urubus como as meninas das ruas têm menos chances de conseguir comida nas ruas das grandes cidades. Ambos são atraídos e enganados pelo progresso. O cheiro das cidades grandes nem sempre é o que parece ser.
Saiba você que tenho uma admiração especial pelas meninas das ruas e pelos urubus. As meninas das ruas devem ser as únicas mulheres a nos chamar de “bem” numa simples passagem. Já os urubus devem ser os únicos seres vivos que se preocupam de fato com o nosso futuro.
acm
eu ia comentar o quao ridiculo é o texto, mas o tal acm ja o fez bem.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.