Firme e forte
Em fevereiro, prestes a completar dois anos da interdição estranha da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, fiz uma relação de coisas que, ao contrário daquele prédio, caíram.
Em fevereiro, prestes a completar dois anos da interdição estranha da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, fiz uma relação de coisas que, ao contrário daquele prédio, caíram.
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Para cima
4 pitacos:
Outro dia um certo arauto da Modernidade Barrista deu entrevista na CBN, onde defendia que a iniciativa privada deveria ser livre para modelar o espaço público. O indivíduo quis inclusive comparar Maringá com New York, falando maravilhas do Central Park, defendendo aranha céus e qualidade de vida. Para mim, ele só revelou a face sórdida e cancerosa da iniciativa do poder do setor imobiliário, em conluio com a municipalidade, em degradar no ambiente urbano. Pq será que Paris, permitam a comparação, já que a questão remete à comparações, proíbe prédios com mais de sete andares em sua região central? Liquidam as áreas de equipamento público de forma acintosa, Fecham nosso “Central Parque do Ingá” por tempo indeterminado, nada de falar na falta de ações para resolver a questão do Bosque do Horto Florestal (que querem transformar em Hotel), ameaçam detonar o Bosque das Grevíleas para virar terminal de passageiros. Derrubam arvores sadias para facilitar a visualização dos painéis publicitários. Liberam espaços públicos para uso da iniciativa privada sem licitação, sem discussão, haja visto o próprio Mercado Municipal. Municipal?. Tem mais isso ainda....e muito mais.
Se essa feiura toda da antiga rodoviaria for cartão postal de Maringá, a cracolândia também é um belo cartão postal de São Paulo,para quem gosta de velharia e coisa feia,essa antiga rodoviaria é uma maravilha, isso é coisa de gente que vive no passado e não tem nenhuma visão de coisas futuristica.
O fato é que os fantasmas da rodoviária estão se metamorfoseando e aos poucos se materializando, já viraram tapurú, os tapurús corpos putrificados que recuperaram a pele, e como múmias contemporâneas levantaram das tumbas dos velhos guichês, e como um defeito especial a fachada antiga com sua luxuosa cobertura se extenderam em direção a Rapouso Tavares que da bela praça desfila seu terno de linho cru...
...os antigos malandros idosos rejoveneceram e se encontraram na praça pra falar de política futebol e mulher, assistindo ao vivo o desfile de prostitutas descoladas, desancadas e desfavorecidas, que voltaram a ser as alegres e debutantes colegiais de outrora. O crack na alquimia do retroceder do tempo se transformou no romântico lança-perfume dos outros carnavais com Joubert de Carvalho ao piano tocando TAÍ EU FIZ TUDO PRA VOCÊ GOSTAR DE MIM num bloco de turcos, japoneses, nordestinos e outros povos, numa verdadeira miscigenação comercial, e como numa passeata, de pessoas malditas, ocupam suas antigas lojas restauradas da pintura ao azulejo, com teatro, biblioteca, cinema e um museu virtual de idéias antigas e más intencionadas, batisados profanos e fotógrafos DESGRAÇADOS.
Bertold
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.