1.10.09

A crise das revistas

Nos Estados Unidos, segundo reportagem do Valor Econômico, via ex-blog de Cesar Maia:

1. “BusinessWeek”, no início dos anos 1970, tinha mais de 200 páginas, quase metade de anúncios, e no fim dos anos 1990, estava recusando publicidade por falta de condições físicas para acomodá-la. Na virada desta década, a situação piorou drasticamente. Em 1999, publicou 5 mil páginas de publicidade; em 2008, apenas 1,9 mil e nos primeiros quatro meses deste ano perdeu 38% em relação ao ano passado. A receita de publicidade do portal na internet aumentou de US$ 900 mil em 2006 para US$ 20,5 milhões em 2008, mas foi insuficiente para compensar a queda de anúncios na versão impressa, de US$ 110 milhões em 2006 para os US$ 60 milhões estimados para este ano.
2. Em 2008, “BusinessWeek” perdeu US$ 43 milhões e para este ano a previsão é de um prejuízo de US$ 41 milhões. A revista foi colocada à venda. “BusinessWeek” já encabeçou o “ranking” das revistas com maior número de páginas de publicidade dos Estados Unidos, “Forbes” foi a segunda e “Fortune”, a terceira. Mas ficaram vulneráveis. Segundo “The Wall Street Journal”, seu modelo de negócios deixou de ser economicamente viável. As três vêm perdendo circulação e dinheiro.
3. “Fortune”, do grupo Time Warner, vende 825 mil cópias por quinzena. Publicou no primeiro trimestre 38% menos páginas de anúncios que em 2008 e menos da metade em algumas edições recentes. Seu sítio na internet, que divide com a CNN, tem 4,9 milhões de visitantes e 61 milhões de páginas vistas. Mas sua receita não compensa a queda da edição impressa. Para este ano são previstas perdas de US$ 7 milhões a US$ 8 milhões.
4. “Forbes”, também quinzenal, tem uma circulação de 886 mil exemplares. No ano passado, perdeu 17% do volume de anúncios e 18% no começo deste ano. Aparentemente, é das três revistas a que se encontra em melhor situação. A edição impressa é deficitária, mas já fez profundos cortes. Além disso, a versão digital, com 5,6 milhões de visitantes e 66 milhões de páginas vistas, atraiu receita estimada entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. Por esse motivo, poderia passar a circular mensalmente, ou reduzir o número de assinantes, uma vez que depende menos da versão impressa do que suas concorrentes.

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