28.9.09

Zelaya: um case da nova política diplomática brasileira?

Trecho de artigo de Rudá Ricci:

O abrigo de Zelaya não é um mero ato jurídico. É um ato político, dos mais significativos, que se sustenta num papel de liderança regional assumido pelo país, na afirmação da ordem democrática na região. A autoridade institucional máxima de nosso país foi absolutamente claro a respeito: denominou o governo interino de golpista e exigiu o retorno de Zelaya à Presidência da República. Por qual motivo? Para sinalizar que o país líder da região não admite que a ordem constitucional seja conspurcada. Que é garantidor desta ordem.

Este é, sem dúvida, um novo papel diplomático para o país na região. De fiador de um bloco comercial na região, assumiu o papel de liderança institucional. Não é um pequeno passo. É dos mais emblemáticos. Na íntegra.

21 pitacos:

Anônimo,  19:09  

O golpista é o "zé laia" pois a constituiçao deles proíbe reeleiçao,o congresso deles regeitou mudar a constituição,o supremo deles idem,mesmo assim ele queria se eternizar no poder,os militares o destituiram a mando do supremo,o erro deles foi não o terem prendido para julgamento.Se isso foi um golpe,então o que seria a derrubada do Color?

Anônimo,  19:42  

Rigon faca me o favor... defender Zelaya, da licenca, o Brasil ta fazendo papel de marionete na mao do Chavez, o Chavez mandou e o Lula obedeceu e se fud... porque essa encrenca nao vai terminar bem, o pau vai quebrar em Honduras a populacao vai se dar mal e o Brasil sera responsibilizado pelo o seu ato de dar abrigo ao Zelaya a mando do Chavez e Havez estara bem quetinho no canto dele e o Brasil queimando a cara perante a opiniai internacional. Rigon pensa um pouquinho mais antes de escrever absurdos OK. Abraco.

Anônimo,  21:28  

Vai arrumar uma enxada prá carpir, tá faltando trabalhar um pouco prá saber quanto custa um prato de arroz e feijão.
O Brasil sempre manteve a postura de não intervenção nos assuntos internos dos outros países, o Lula mudou esta política se intrometendo onde e quando lhe convém.
Prá aprovar a reeleição de Armadinejad bota seu ministro/cupincha das relações exteriores a comparar as eleições dos EUA com a do Irã.
Prá aprovar as peripécias do Chaves muda o discurso e volta à política de não intervenção.
Durma com um barulho desses.

Anônimo,  02:45  

O Ministro Amorin ( nunca vi ninguem falar tanta besteira nem o Zago quando era vereador ganharia dele )...eh um pobre diabo louco para ver os holofotes sobre sua pessoa e querendo a todo custo os seus quinze minutos de fama... pobre Brasil com Lula de presidente e Amorin em Relacoes exteriores esse pobre gigante " deitado eternamente em berco explendido" soh pode sonhar mesmo... pobre Brazil

Unknown 03:30  

Concordo em genero, numero e grau com o Anonimo das 19:09 horas, ja disse tudo, nao e necessario nem um comentario mais.

Anônimo,  08:48  

O rigon para com isso, o ZÉ LAIA foi tirado do poder pela suprema corte hondurenha e você vem falar que á golpe.
o chavito da venezuela deu as ordens o o presidente lulinha bateu continência pra ele.
tá na hora desse pais criar vergonha na cara e parar de se intrometer em assuntos internos de uma nação soberana, por que o lulinha não tomou atitude quando as refinarias brasileiras foram invadidas na bolivia do indio cara palida?

Editor 08:52  

8h48 - Leia pausadamente: o texto é assinado por Rudá Ricci.

Anônimo,  09:15  

O Brasil não passa de um capacho da Venezuela, que realmente lidera a América Latina. Hugo Chavez, que também fechou jornais, rádios e televisões no seu país, além de se possibilitar perpetuar-se no poder nunca sofreu qualquer repressão diplomática do Brasil, que se diz democrático, mas tem ligações íntimas com o mais antigo ditador comunista do mundo, Fidel Castro. Como um país que fala português vai liderar a pobraiada latina que fala espanhol? Façam-me o favor e caiam na realidade. A nossa política externa virou motivo de chacota e nossa embaixada virou diretório político do Zelaia, com os servidores brasileiros no papel de garçons. Levamos pau até da Bolívia, que invadiu com o exército empresas brasileiras. O que o governo fez? Ora, nada, o povo brasileiro ficou no prejuízo. Política externa, não me faça rir.

Anônimo,  09:36  

A democracia tem regras próprias e princípios - como o da impessoalidade - que devem ser observados e obedecidos. Inclusive por déspotas e golpistas. E só podem ser alteradas mediante consulta popular. Portanto, fulanizar para justificar ou defender esse ou àquele, é um desserviço à democracia. É a democracia que está em jogo e precisa ser defendida por homens livres. Defender a democracia implica em se contrapor aos déspotas e golpistas.
É preciso ressaltar que, os militares, são os que sempre colocam os planos dos civis em ação.
Ivan

Anônimo,  10:18  

Existem vários modelos de democracia, porém não chegaram a nunhuma que funcione. O do Brasil é uma piada, pois a democracia só funciona no dia das eleições, onde qualquer pobre coitado vota. Depois, esqueça, o nosso sistema representativo não funciona, pois a opinião pública no Brasil é ignorada por nossos parlamentares municipais, estaduais e federais. O nosso sistema judiciário não funciona e nossas instituições sociais são uma piada. Não temos forças armadas decentes, nem segurança pública. Educação é tese de pessoas ditas loucas, como Cristóvão Buarque. A corrupção é endossada pelo próprio povo, que reelegeu Lula a despeito do escândalo do mensalão. Não temos moral para dizer que um sistema é golpista ou não. Não cuidamos nem do nosso próprio nariz.

Anônimo,  13:23  

O Lula posa de defensor da democracia pros estrangeiros mas aqui ele apoia corruptos da elite coronelista no nordeste. No meu ponto de vista, o apoio ao Zelaya nao passa de oportunismo para embelezar uma fachada de ex-querda. O Brasil so tem esta coragem porque o Chaves ousou enfrentar a hegemonia americana sobre a América Latina antes dele, mas na verdade, nao passa de um outro imperialismo oligarca escondido atras de um argumento democratico.
O Lula precisa de um pouco mais de coerência política pra ter a credibilidade indispensavel à mediaçao diplomática. Por enquanto ele so mostra que é um mestre do oportunismo ao explorar a crise alheia para se promover.

Anônimo,  16:52  

Impagável foi assistir o Mercadante na TV Senado, dizendo que a América Latina não pode voltar ao tempo em que não havia liberdade de imprensa, ao tempo que haviam presos políticos, que havia toque de recolher, estado de sítio, dizendo que a OEA não pode aceitar isso.
Enquanto isso, o Lula e sua turma estão fazendo lobby para a OEA aceitar Cuba de volta, onde não há eleições há 50 anos, só existe imprensa oficial, há centenas de presos políticos, e o povo não tem direito e ir e vir.

Anônimo,  17:15  

Engraçado que lá o presidente perguntou para a população se concordaria com reeleição e por isso foi deposto, seguido de golpe militar. Agora aqui no Brasil, o Fernando Henrique nem sequer perguntou à população. Simplesmente se acertou com o Congresso e NINGUÉM se manifestou para que fosse deposto, por ter mudado a constituição.

Anônimo,  19:44  

E o molusco se aproveitou disso também. Além disso, não se tratava de uma cláusula pétrea.

Anônimo,  19:45  

parabéns Lula pelo seu reconhecimento internacional, perdoe os ignorantes tupiniquins
walter

Anônimo,  21:18  

Ao Walter das 19:45 hs.... Walter voce e o unico ignorante aqui, vai estudar um pouquinho, procurar se informar mais para nao falar tanta besteira quanto Lula e Amorin e talvez um dia voce saiba o que eh armacao politica seu ignorante de pai, mae e vizinhaca... ACORDA WALTER IGNOBIL.

Rudá Ricci 23:42  

Apenas um comentário. Lula disputa a região com Chávez. Não a América Latina como um todo, onde o Brasil é absolutamente soberano. Mas a América Central. Chávez criou um bloco sob sua influência com Bolívia e, em parte, Equador. Mas Lula se impôs em El Salvador e agora bloqueou a entrada do chavismo em Honduras, assim como na Nicarágua.
Não se trata nem de longe da mesma coisa (lulismo e chavismo).
E é fato que Zelaya não é nem de longe de esquerda. Seu partido, o Partido Liberal, é partido das oligarquias mais ricas do país. O atual presidente, efetivamente um golpista, também é de seu partido. E Honduras não tem tradição de movimentos sociais ou mesmo de esquerda. Não é esta a disputa por lá.
O que acredito ser importante é termos em mente a mudança do papel político do país. Com ou sem Lula. Somos a 7a potência mundial (segundo um dos cálculos do Banco Mundial; no outro somos a 9a e em franco crescimento). Não temos mais o status de subdesenvolvido. Segundo a FGV RJ (ver estudo de Marcelo Neri) 53% dos brasileiros já é classe média (principal fator foi aumento do salário mínimo - 60% - seguido pela Bolsa Família - apenas 17%).
Efetivamente não estamos acostumados com esta posição territorial, que começou com a história do Haiti. E nem estou argumentando que é a melhor. Mas numa postura realista, uma potência regional como o Brasil se envolverá mais e mais na defesa da democracia e mediação de conflitos na América Latina. É um fato que possivelmente é irreversível. Independente se o governo for social-democrata tucano ou social-democrata lulista.

Anônimo,  11:21  

O Brasil é o maior país da América Latina somente no tamanho. Tem uma política externa sofrível, não tem poderio militar, não tem tecnologia e nem educação. É um país corrupto por natureza e nem fala espanhol. Somente alguns sonhadores acham que o Brasil é um líder na América Latina ou na América do Sul. Quem manda de fato são os EUA. Quem pensa que manda é o Hugo Chavez e quem sonha que manda é o tupiniquim Terra Brasilis. Abram os olhos petistas. O molusco é tese sociológica dos países ricos. Pergunta se eles querem um pra eles. Eles querem que o Terceiro Mundo se f.
23:42 Desenvolvimento é tecnologia, aqui os cientistas e o investimento em pesquisa não existe se comparado a qualquer país do G8

Rudá Ricci 20:08  

Você está enganado, anônimo das 11h21. E, para variar, partidariza uma análise das mais sérias para o futuro de nosso país.
Apenas para que se atente ao que ocorre efetivamente:
1) O Brasil comprou os dois maiores frigoríficos dos EUA. A Friboi se tornou o primeiro do mundo;
2) O Brasil comprou várias fazendas de laranja da Califórnia e começamos a comandar o mercado de suco de laranja dos EUA;
3) O Brasil (juntamente com a Holanda) está comprando a Budweiser;
4) Compramos o maior banco de crédito do Uruguay;
5) Comandamos 20% da economia da Bolívia;
6) Somos o maior PIB da América Latina;
7) Segundo o Banco Mundial, já somos a 9a economia mundial;
8) Foi o Brasil que impediu a implantação da ALCA;
9) Nos últimos cinco anos, disputamos e ganhamos as principais contendas na OMC;
10) A maioria da população brasileira é classe média.

Sei que é difícil, para nós, da geração mais antiga, compreendermos o que é ser um país potência. Mas já é hora de assumirmos esta responsabilidade.
Acompanhe as entrevistas recentes de Jim O'Neill, da Goldman Sachs, o criador do conceito de BRIC.
Desconhecer o nosso peso econômico e político no mundo chega a ser ignorância.

Anônimo,  15:04  

Rudá Ricci
Me desculpe, mas dizer que o Brasil está defendendo a democracia para mim é uma aberração,visto que o lula tem andado abraçado com tudo que é ditador do mundo.O que ele vem defendendo com veemencia são os esquerdoides seus amigos e cumplices no foro de São Paulo.

Rudá Ricci 22:53  

Anônimo,
Não sei de onde tirou esta conclusão. Ele anda abraçado com Zapatero, com Obama, com Bachelet. Não seria estranho o mundo todo destacá-lo e você achar que é esquerdóide? Eu venho respondendo estas mensagens postadas aqui por um único motivo: acho, sinceramente, que Maringá é uma cidade importante do Paraná, mas tomada por uma cultura muito partidarizada e pouco profunda. Vou explicar melhor: na maioria das vezes, sinto que toda análise que fazem neste espaço é muito pouco racional. Tentam, de qualquer maneira, basear-se nas teorias conspiratórias. Eu conheço Lula como pessoa. Ele é absolutamente pragmático. Obviamente que não é uma pessoa de direita, mas dizer que é de esquerda ou tem alguma aspiração efetivamente anti-capitalista não se sustenta em nenhum fato real. É pura imaginação.
Por este fato, não conseguem ter isenção para compreender (ou ao menos imaginar ou ter dúvida) as várias possibilidades de ações internacionais. O que temo é que acabem seguindo aquela versão de terem a opinião do último livro que leram (no caso, a última notícia que leram ou ouviram editada por algum órgão de notícias). Sinceramente, sugiro ler um pouco as análises sobre diplomacia brasileira. Há ensaios para todos gostos ideológicos. E tudo de fácil acesso pela internet. Eu realmente não quero fazer provocações. Mas efetivamente o próprio uso excessivo de adjetivos e até um desrespeito pouco civilizado no trato de autoridades públicas (chamar Lula de molusco e Zelaya de Zé-laia, além de parecer apelidos dados por crianças é de gosto muito duvidoso).

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