Rampas sem manutenção

As rampas metálicas que recentemente foram colocadas no centro da cidade de Maringá estão necessitando de manutenção. Na verdade, a empresa que venceu a licitação não usou de mão-de-obra qualificada, apenas servente de pedreiro sem a fiscalização de engenheiro e nem mestre-de-obras. É evidente que concreto com asfalto não se aderem. A prefeitura precisa urgentemente notificar a construtora que fez e refazer as rampas novamente, pois é um crime que a empreiteira cometeu, pois a prefeitura deveria ter fiscalizado a execução; o Crea e o Conselho Municipal das Pessoas com Deficiências foram coniventes. Entendemos que o Ministério Público deve ser acionado para obrigar que a empreiteira realize a obra conforme edital de licitação.
Louvamos a atitude que prefeitura teve em construir as rampas, pois Maringá é uma das poucas cidades do Brasil a se preocupar com acessibilidade de quem utiliza cadeira de rodas. Nós que usamos diariamente necessitamos que as mesmas estejam em perfeito estado de conservação. Agora em relação aos deficientes visuais precisamos avançar muito. É evidente que uma cidade do porte de Maringá precisa contemplar todas as deficiências na questão de acessibilidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) temos hoje na cidade de Maringá cerca de 47 mil pessoas com algum tipo de deficiências. Com esse número podemos muito bem decidir uma eleição para prefeito, eleger dois deputados estaduais e um federal.

Vicente Lugoboni é jornalista e deficiente físico 
lugoboni@gmail.com