3.9.09

O descaso das Americanas

Sabemos que as lojas americanas da avenida Brasil com avenida São Paulo existe na cidade há mais de vinte anos, mas isso não vem ao caso; em 2009 ela completa oitenta anos de fundação no Brasil. Pois bem, na terça-feira estive lá, fazendo um lanche, que por sinal estava muito bom. Como sou deficiente e uso cadeira de rodas, após terminar o lanche tive vontade de ir ao sanitário, foi aí que começou meu sufoco. Não conhecendo o recinto, fui até uma funcionária solicitar informação.
A minha decepção foi grande, pois o sanitário masculino não tem acesso para cadeira de rodas, tive que improvisar o feminino, urinando em um cesto de lixo, pois as portas não cabiam a minha cadeira de rodas, que é padrão universal. Depois desse vexame fui falar com a subgerente, mas na verdade saí de lá muito pior que antes de falar com ela.
Segundo ela, dentro de oito a dez meses eles vão começar fazer a concorrência para a reforma, segundo ela até a data de hoje nenhum deficiente usuário de cadeira de rodas questionou de não ter sanitário acessível. Como pode a prefeitura renovar todos os anos o alvará de funcionamento se o prédio não está de acordo com as normas de acessibilidade? Será que o prédio tem habite-se? Por que a chefe da fiscalização da prefeitura não manda um fiscal notificar e dar um prazo para que os sanitários estejam funcionando?
Imaginam se eu tivesse urinado na roupa que constrangimento teria passado? A minha sorte foi ter um cesto de lixo ao meu alcance e fiz de improviso e se fosse defecar? Parece brincadeira, mas é triste; a falta de sensibilidade da prefeitura por ter vistas grossas nesta loja é séria. Será que vai ser preciso um deficiente físico defecar na roupa para que a prefeitura faça alguma coisa? Não adianta falar que a lei não é retroativa, mas a renovação do alvará deveria seguir as normas da ABNT 9050, se os fiscais fazem vistas grossas e recebem “favores” a secretária deveria ela mesma fazer a fiscalização. O alerta esta feito e vamos começar cobrar de quem tem responsabilidade de manter a cidade sem barreiras, vamos cobrar de forma inteligente fazendo a diferença entre ser pedra no sapato e ser os olhos dos cegos.

Vicente Lugoboni é jornalista e deficiente físico
lugoboni@gmail.com

14 pitacos:

Fernando Neckel,  10:11  

uma tremenda falta de respeito, por uma loja tão antiga, e tão famosa em Maringá. E sobre quem fiscaliza esse lado...cadê a responsabilidade dessas pessoas?

inacreditavel.

Anônimo,  10:21  

o problema do Sr. Vicente Lugoboni é achar que o mundo está contra ele, foi assim na prefeitura.

Anônimo,  10:22  

vixiii.ele acusou os fiscais da prefeitura de maringá de corruptos ao receberem "favores", e agora?

carlos rico 11:45  

É sempre assim:basta conhecer um fulano na prefeitura,um fiscal aqui,outro lá,o pistolão rola solto,toma-lá-da-cá.Coisa de classe média e burguês.

E tem muito babaca que dá até outra coisa pra esses "patrãozin".

O povo que precisa do poder público e da justiça fica sempre marginalizado.Esses barões da ACIM,ou similar,sempre conseguem o que querem sem que o pertubem.

E o povão inerte.Tem sempre um mecanismo muito prático:o Ministério Público.

Anônimo,  14:52  

Esse Vicente é chorão mesmo. O pior é que tudo que ele fala tem uma bronca contra a prefeitura. Faça como eu, nunca mais – eu disse NUNCA MAIS – voltou ao lugar, e avise o dono, gerente, sub-gerente seja lá quem for.

Anônimo,  15:01  

Ao anônimo das 10:21 que deve ser um fiscal desses corruptos. se esta cidade tivesse 10 pessoas com a personalidade do autor do texto na questão de defender as pessoas com deficiências na cidade, nós que usamos cadeira de rodas estaríamos bem.Esconder no anonimato é fácil, por favor faça um comentário e dê seu e-mail. Nesta cidade tem fiscal que por uma dúzia de cerveja libera construção fora do projeto, deixa mesas invadindo as calçadas sem espaço para os transeuntes, pode ter certeza que farei um trabalho investigativo e mostrarei o vídeo, neste mesmo blog.

Anônimo,  18:29  

Realmente é uma vergonha o descaso ocorrido.
Se fosse uma cidade séria esse estabelecimento seria fechado até oferecer as condiçoes necessárias aos deficientes.
Com a palavra as autoridades.

Anônimo,  19:59  

Vicente...
Sinto pela sua deficiência, mas parar de chorar e correr atrás é bom também!

Anônimo,  22:30  

sempre americanas

Anônimo,  22:31  

sempre americanas

Anônimo,  16:29  

Realmente quem reclama tem toda razão, essa grande empresa brasileira fatura muito mais parte desse resultado é em cima da exploração humana e administrativa que impoe a sua equipe. Falo isso porque conheço seus métodos administrativos extremamente ortodoxos que coloca o lucro acima de qualquer razão e lógica, suas intalações estão sucateadas na loja do centro, para comprovar não precisa ir longe, converse com o gerente mirim Sr.Ari, nem ele aguenta mais a loja e seus problemas, quando o cara fala, tá tão desanimado, que qualquer criança reconhece. A loja é uma VERGONHA.

Patricia D,  17:31  

concordo com todas as reclamacoes sobre a loja...
e pergunto : - que podemos nós - pobres mortais nao envolvidos em esquemas fazer?
denuncias? pra quem?
acompanhar as denuncias ? de quem?
é triste mas somos sim POBRES MORTAIS que nosso valor so aparece qdo temos a OBRIGAÇÃO de votar...

Anônimo,  10:02  

Para começar moralizar as empresas que só visam lucros e não tem compromisso com acessibilidade deveríamos, ignora-las deixando de comprar, e fazer uma campanha negativa nesse sentido, pois somente assim elas começarão há ter consciência.

Anônimo,  19:39  

Aquele banheiro não serve pra ninguém! É um nojo!

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