A ironia do sambista paulista
Ernesto Paulelli , advogado, conheceu Adoniran nos idos de 1930, quando fazia bico como violonista do programa Saudades do Sertão, de Nhá Zefa, na Rádio Bandeirantes, e Adoniran bebia nos bares dos arredores. Ele contava que nunca convidou Adoniran “pra um samba no Brás”.
Ivana Veraldo
Samba do Arnesto, 1953 - Adoniran Barbosa
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: “Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cuspo porque não sei escrever”
Arnesto
1 pitacos:
Se tivesse convidado, talvez a letra do samba seria outra... mas daria samba de qualquer forma. Já samba do Zé Rigon ou samba do claudius não ficaria muito bom.
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.