Formalidade ou palhaçada?

Não fosse o respeito que se deve aos trabalhos do Legislativo e sobretudo à importância dos palhaços de circo, muitos poderiam dizer que a formalidade de coletar os pareceres das comissões permanentes da Câmara de Maringá, quando da apresentação de projetos do Executivo, em regime de urgência, e são muitos em quase todas as sessões, que aquilo é uma palhaçada. Senão vejamos: logo após a votação, aprovando o regime de urgência do projeto, o presidente diz: ‘Vamos coletar os pareceres das comissões' e vai perguntando um a um, pela Comissão de Constituição e Justiça, de políticas Gerais (...). Alguns, como John e W. Andrade, respondem com voz de locutor: ‘O parecer da comissão é pela admissibilidade da matéria’. Outros com menos prática dizem: ‘a comissão é ‘favorave’, a assim  por diante. Fazem isso se analisar nada, muitas vezes nem sabem do que estão falando e ao final o presidente proclama: ‘Cumprida a formalidade, em está em discussão a matéria’.
Poderiam, pelo menos, suspender a sessão por cinco minutos, reunirem-se em torno da mesa do presidente (da comissão), com a presença do procurador jurídico, no caso da CCJ, para se dar a impressão de análise da proposta. De vez enquando poderia pedir o adiantamento da votação para uma melhor análise. Seria  um ‘faz de conta melhor’. Do jeito que é feito, repito, alguns podem julgar que é uma palhaçada, mas é formalidade.
 
Akino Maringá, colaborador