Encontros e desencontros afetivos

Os desabafos de um amigo me inspiraram a escrever sobre esse tema.
O fato é que todos, homens e mulheres, desejam encontros, mas, apesar disso, os desencontros tem predominado. E, quando há encontros, eles são curtos e logo são substituídos por outros. A rotatividade nos relacionamentos é muito alta. A pergunta ressoa: por quê?

Podemos consultar os economistas, sociólogos, historiadores, psicólogos, estatísticos... Cada profissional encontra a explicação num fen?meno diferente.
Podemos consultar os machistas, as feministas, os homosexuais, os bi... Ou, quem sabe, perguntar, simplesmente, a um homem e a uma mulher. Cada um desses personagens talvez encontre um culpado. E, com certeza, o culpado é sempre o outro. Há uma tendência a não se assumir responsabilidades diante das crises das relações.
Penso que o desenvolvimento de relações amorosas mais harmoniosas passa por um processo no qual cada um deve ficar mais atento às mudanças sociais e ao modo como elas ecoam nas relações, vivendo mais consciente de si mesmo e do outro, assumindo a sua cota de responsabilidade dentro da relação e não culpando eternamente o outro.
Numa relação afetiva harmoniosa não existe algoz e vítima. Ambos são parceiros nas escolhas, no sim e no não, no encontro e no desencontro.

OS: O Carlão não vai concordar com nada do que escrevi. Aposto que vai me bater nos pitacos. Bata leve, Carlão, por favor!

Ivana Veraldo