Novamente a polêmica da reposição das aulas

Parece, mesmo, que o Conselho Estadual de Educação (CEE) deixará que cada escola decida como repor as aulas que foram suspensas por causa da gripe suína. A informação veio do sr. Romeu Gomes de Miranda, presidente do CEE que se baseou, segundo ele mesmo, no artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação que assegura o direito de pais, alunos, diretores, donos de escolas e professores definirem questões como essa.
É no mínimo discutível a posição do CEE, já que tem sido constantemente procurado por órgãos de classe do professorado, dos funcionários e dos diretores de escolas de todo o Estado, questionando sobre qual é a orientação do CEE sobre a reposição das aulas. Essa procura significa que as escolas precisam de uma direção e o CEE se nega a dar a direção.
Ora, o que se espera de um órgão como esse é diretividade e decisões homogêneas, garantindo o cumprimento dos 200 dias de aulas e das 800 horas, tanto para o setor público quanto para o setor privado.
O posicionamento exageradamente democrático do CEE revela, a meu ver, a quantas anda a educação em nosso estado e em nosso país, já que a mesma decisão está sendo tomada em outros estados. A descentralização vigora quando não interessa ao MEC. Mas quando interessa, esse órgão sabe exercer sua mão autoritária e impor parâmetros.

Ivana Veraldo