23.7.09

Uma história real

Em 11 de dezembro de 1956 nasciam em Maringá Silvio Barros II e Silvia Pereira. A semelhança termina aqui, pois ele de família classe média trilhou um caminho muito diferente do dela. Sílvia, de família pobre, vinda do interior do Estado de São Paulo foi abandonada pelo pai logo após seu nascimento. Em 1973 quando o patriarca também Sílvio se elegia prefeito da cidade, Sílvia ficava órfã, perdendo a mãe.
Enquanto Sílvio ingressava na UEM no curso de Engenharia Ambiental, Sílvia, sem opção, começa a trabalhar como doméstica numa “casa de família”. Por conta da especulação imobiliária que já começava ela foi obrigada a comprar um terreno em Sarandi, que era o que suas parcas economias permitiam. Pagou em infindáveis parcelas e construiu uma casinha humilde. Neste meio tempo Silvio se formou e foi ser secretário de Turismo no Amazonas. Fazia viagens no Highlander (iate do milionário Malcolm Forbes) e ciceroneava Bill Gates pela Amazônia.

E Sílvia? Limpava, lavava, passava e como Carolina, a personagem da música, via o tempo passar na janela. Por essas mazelas do destino Silvia nunca se casou, ao contrário do seu homônimo que se casou duas vezes e se elegeu prefeito também por duas vezes. Cinquenta e dois anos depois, as histórias desses dois maringaenses se cruzam, pois ele resolveu jogar o seu lixo no quintal dela, ou seja, despachar o lixo de Maringá para Sarandi. Sílvia indignada questiona: o que virá em seguida? Ninguém sabe. Esta resposta somente o seu xará poderá responder.


Antonio Santiago

24 pitacos:

Anônimo,  14:05  

Parabéns Santiago...Belo texto!!

Anônimo,  14:56  

Eu conheço a Silvia, gente boa

Anônimo,  15:05  

Eu conheço o Sílvio. Gente ruim!

Anônimo,  15:11  

Essa história é real mesmo, Santiago. Maringá já expulsou muita gente daqui só porque não têm dinheiro. O problema é essa opção horrorosa que se faz por privilegiar a paisagem em detrimento da pessoa. Assim investe fortunas em velódromos, em parques temáticos etc. Akino, faça um levantamento sobre o montante exorbitante já investido no Parque do Japão.

Anônimo,  15:11  

OTIMO.....

Anônimo,  16:46  

Nós, maringaenses sempre tivemos orgulho de morar em cidade que não tem favelas,mas o que corre por todo o Brasil e que temos duas, Sarandi e Paiçandú,pq Maringá exporta prá lá todos os pobres, na realidae, somos motivo de deboche.

Eliane,  17:13  

Maringá de fato é uma cidade linda, mas essa beleza tão decantada não a torna mais humana não. Pelo contrário, é uma cidade que tenta esconder as coisas que considera ruins, que maqueia a realidade, que exclui os pobres, que afasta quem não comunga com valores capitalistas.

Adilson,  17:30  

Como diria o sábio Rigon MÁ-RINGÁ

Anônimo,  17:38  

Nada será melhor do que o tempo, pois a nossa tragetória aqui neste planeta é temporária, nos encontraremos la em cima com certeza, daí acertaremos as contas com aquele que outrora permitiu qua aqui morássemos temporariamente. Aí não heveráprivilegiados,plantou...colheu...

Editor 17:42  

17h30 - Não sou sábio e a expressão foi roubada da Marta Bellini.

Bernardeth,  18:02  

Concordo com a Eliane, Maringá é uma cidade onde a elite é que dá as cartas. Aqui quem comanda são os latifundiários, os poderosos do comércio, os donos de imobiliárias e o irmão interesseiro e ladino do prefeito (deste tenho até pena pois é um boneco manipulado nas mãos do maninho).

Anônimo,  18:28  

Conheço um curitibano que adora nossa cidade, vem todo ano passar férias aqui na província,mas ele diz que aqui lembra a peça teatral do Nélson Rodrigues " Bonitinha,mas ordinária", com relação a exclusão, é claro.

Anônimo,  21:21  

Uma bela história, triste, porém bonita

Anônimo,  21:45  

Tô gostando de seus textos, Santiago.
Cara, cê vai na veia!
Parabéns!

Ass.: Será

Helena,  23:32  

O terreno em Maringá é um dos mais caros do País, pobre só pode construir em Sarandi, como a Silvia fez,e cada dia vai ficar bem pior

Anônimo,  09:48  

Texto totalmente desnecessário!!!
Não sei ainda o que é pior,se é o texto inútil ou quem o elogia!

Anônimo,  11:28  

Na verdade vejo que, com o valor dos imóveis atualmente praticado em Maringá, apenas quem tem muito dinheiro mesmo poderá comprar um.
Já que falam tanto, por que não se inicia um movimento contra o lob das imobiliárias e construtoras em superfaturar os preços?

Anônimo,  11:38  

Ao anônimo das 9,48
Bem se vê o seu grau de alienação. Com certeza deve ser um desses senhores cheios da grana mas com a cabeça sem conteúdo, pois numa época em que todo o Planeta se preocupa com o meio ambiente, com as desigualdades o senhor deve beber seu uisque e rir dos menos favorecidos. Ou quem sabe é um desses que "trabalha" em um orgão público e é pago com o dinheiro dos altos impostos que somos obrigados a pagar. DEVIA SE ENVERGONHAR ISSO SIM!

A PATATIVA,  11:53  

Caríssimo anônimo das 09:48
Puxa-saquismo é uma coisa muito feia viu. Tudo bem que o senhor vive com o salário que a população lhe paga, portanto devia ter mais respeito pelas pessoas, pois se não fosse elas que pagam seus tributos o caríssimo não teria emprego.

Estudante sacaneado,  13:15  

POR ACASO VOCES LEMBRAM DA ÉPOCA DO PREFEITO JOAO PAULINO VIEIRA FILHO QUE EXPULSOU OS MORADORES QUE MORAVAM PERTO DO CEMITÉRIO?
ELE EXPULSOU-OS A FORÇA E HOUVE RESISTENCIA.
MANDOU LEVA-LOS ATÉ A VILA GUARDIANA.
MARINGÁ TEM UMA POLÍTICA EXCLUDENTE MUITO FORTE POR CAUSA DOS BARRO$ E CIA LTDA.

Professora,  13:31  

Esse indivíduo aí das 09.48 é nosso velho conhecido. Está sempre por aqui destilando seu veneninho. Faria melhor se usasse seu cargo para fazer alguma coisa de útil. PERDEU UMA GRANDE CHANCE DE FICAR CALADO.

Anônimo,  14:02  

Ao anônimo das 09:48:

Nofa!

Anônimo,  19:19  

Porra,se nao gostam desta cidade porque moram aqui?vão para a Amazonia lá os lotes são baratinhos,vão ter poucos vizinhos etc,mudem-se.

Anônimo,  12:40  

ANÔNIMO DAS 19.19

A questão não é gostar ou não da cidade e sim de alguns habitantes que administram-na e que a estão colocando na contra mão do Brasil, quicá do Planeta.

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