O calcanhar de Aquiles
Do leitor:
A saúde de Maringá é o calcanhar de Aquiles da atual administração e necessitaria de um acompanhamento, assim como esta sendo feito com a câmara de vereadores. Infelizmente a fila de pacientes que precisam de leitos continua terrível, temos hoje mais de 10 pacientes aguardando vaga para leito de UTI. Seria interessante o acompanhamento, pois as pessoas têm uma ideia errada da nossa cidade.
O argumento de que o problema são os pacientes enviados pelos municípios vizinhos até procederia, desde que o município não recebesse verbas para atender a demanda regional de consultas e emergências. Portanto, não cola. Já que o problema são os encaminhamentos para a cidade, por que não revisar todas as referências, direcionando dinheiro para que cidades menores tenham condições de manter um atendimento adequado? Mas há uma pergunta: será que o Hospital Municipal funcionando em sua plenitude não poderia aliviar - e muito - a espera destes doentes?
3 pitacos:
E so organizar ele e contratar pessoal... Vc ja calculou quantos leitos tem o HU ?? Quantos profissionais tem - medicos, enfermeiros e tecnicos?? Em comparação com o Municipal ???
So que sempre vem verba para o HU e o Municipal fica a ver navios... E, de repente... o HU para de atender... e sobra para o Municipal..
Maringá precisa de hospital com leitos de SUS com resolutividade ...Qual ?? Que eu conheço... NENHUM !!
Não sei se distúrbio de caráter que ataca nossos políticos e governantes, é um problema de saúde, cleptomania, é. A saúde pública não vai melhorar enquanto esse distúrbio não for dissipado.
A cura para esses casos não ocorre em hospitais e postos de saúde e sim nos tribunais e xilindrós.
Nos resta torcer para que seus agentes também não padeçam do mesmo mal.
Ivan
Ler que uma das soluções para a saúde pública seria direcionar recursos para cidades menores para que prestem um atendimento adequado, é de chorar, ou rir de tanta ignorância. Demonstra total desconhecimento da realidade e da vida como ela é. Cidades menores não conseguem contratar médicos, sequer recém-formados. Isto porque teriam que realizar concurso público, mas o salário não atraí nenhum médico. Dilema de difícil solução, pois no concurso, o salário não pode ser superior ao do prefeito, o que em cidades pequenas varia de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00. Nehum médico quer dar dedicação exclusiva por este salário. Nenhum médico quer trabalhar numa cidade de 3.000, 4.000 ou até 20.000 habitantes porque não tem a menor chance de crescer profissionalmente. Os médicos sabem que numa cidade desta têm que atender algumas emergências, como um parto, um trauma, uma lesão por faca ou arma de fogo e as condições são precaríssimas. Mais: em qualquer destas intervenções numa cidade pequena, não poderá contar com um anestesista, o que é obrigatório. E se a cidade não consegue contratar um médico para fazer consultas e diagnósticos e encaminhar exames, vai conseguir contratar um anestesista? Nunca. Esta cidades às vezes não têm uma casa para o médico mora. Portanto, mesmo que houvesse dinheiro de sobra, o problema não seria solucionado. Talvez (e só talvez, porque como eu já disse, a teoria na prática é outra), algo próximo da solução seria se ter hospitais regionais em cidades maiores do interior (Maringá, Londrina, Cascavel, Umuarama, Ponta Grossa, Guarapuava, etc), com o fim específico de atender média e alta complexidade num entorno de 100 kms da unidade hospitar. Mas aí, não há dinheiro que chegue.
Outra coisa que ajudaria em termos de saúde pública e poderia com facilidade e baixo custo ser aplicado em pequenas cidades, seria o investimento em saúde preventiva, coisas do tipo "Médico da Família", programa "Saúde da Família", ou outro similar, mas nem para isso conseguem alocar recursos.
Agora, apenas a título de curiosidade, alguém aí conhece alguma cidade no Brasil, do porte de Maringá, que não tem problemas na área de saúde?
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.