Isonomia e justiça

Uma das coisas que aprendi e procuro praticar é ser justo. Fico mal quando entendo que pratiquei uma injustiça. Todos sabem que sempre defendemos as posturas de Mário Verri e Flávio Vicente no caso da ‘reforma administrativa da Câmara’, favoráveis a um corte maior e criticamos Wellington Andrade que fazia o contrário.
A questão dos funcionários cedidos era desconhecida para mim. Lembro que o próprio W. Andrade levantou alguma coisa em relação a Humberto Henrique há uns 3 meses, mas devidamente explicado o assunto morreu. Quando voltou à carga, no dia da votação e anunciou em ‘manchete’, em aparte ao dr. Manoel que explicaria a necessidade de aumento da verba de gabinete, Andrade criou em mim um clima de expectativa e ao falar colocou Verri e Vicente numa situação constrangedora, acusando-os, indiretamente,de uma irregularidade ao contarem com funcionários cedidos pelo Executivo, fora da verba de gabinete. Mário Verri ainda tentou uma intervenção dizendo que era legal, no que foi prontamente aparteado pelo presidente Hossokawa, que confirmando também ter funcionário nas mesmas condições em seu Gabinete, afirmou que Wellington não falara nada demais.

Justiça seja feita, mais uma vez. Andrade fez uma denuncia grave (não sei se tinha esta intenção) e por uma questão de isonomia merece o nosso reconhecimento.
Nem por isso Verri e Flávio perdem a nossa confiança, mas devem seguir os exemplos de Humberto Henrique e Marly, (não falo do dr. Manoel, pois não tenho elementos), para ser oposição não se pode deixar ‘rabos’. Já W. Andrade deve repensar, se for o caso, suas intervenções, que podem colocar seus pares em situação ainda pior que os adversários. Acho que sem querer exerceu bem o seu papel de fiscalização.

Akino Maringá, colaborador