14.6.09

Brasil

De Carlinhos Brickmann:

Alguém pode...
O coreano Chong Jin Jeon, sócio da Asia Motors do Brasil, travou uma batalha comercial com a poderosa Hyundai. Foi condenado por práticas comerciais: não tem ligação com o terror, não é acusado de matar ninguém, é casado com brasileira e tem três filhas brasileiras. Foi rapidamente extraditado. Mandaram-no para a Coréia, por coincidência, logo depois de a Hyundai ter anunciado investimentos de US$ 500 milhões para fabricar automóveis no Interior paulista (após a deportação, alegando “a crise”, a Hyundai suspendeu os investimentos).

... explicar?
Césare Battisti, acusado de terrorismo e homicídio na Itália, está no Brasil, com asilo oferecido pelo Governo. Um integrante da cúpula da Al-Qaeda foi preso, mas logo depois libertado; diz o Ministério da Justiça que não será extraditado. Manar Mohamed Skandrani, dono de uma escola de treinamento de pilotos em Joinville, Santa Catarina, que já foi preso entrando no Brasil com dinheiro não-declarado, é apontado pela Interpol como “ex-militante de organização terrorista ligada à Al-Qaeda”, mas não enfrenta problemas. Qual a diferença? No caso de Chong Jin Jeon, a disparidade é ainda pior: o Governo coreano prometeu ao Supremo que descontaria da pena o tempo em que Jeon ficou preso no Brasil. Agora, recusa-se a cumprir o compromisso.
O governo está em silêncio.

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