Aos meus colegas jornalistas – 2ª parte
Fundada em plena ditadura militar em 1974, a Cooperativa de Jornalistas de Porto Alegre teve como um dos fundadores o jornalista Caco Barcellos que atuava como repórter na época. Foi a precursora e chegou a editar simultaneamente mais de 30 publicações mensais, entre jornais, revistas e boletins. A jóia da coroa era o Coojornal (sigla da Ccooperativa que deu também nome a seu principal jornal), tão marcante que foi considerado um dos cinco mais importantes jornais da imprensa alternativa do Brasil daquela época.
Outro exemplo é a cooperativa “Jornalistas Sem Patrão” em São Paulo, criada pela repórter policial Fátima Souza, autora do livro-reportagem “PCC-A Facção”. A “Jornalistas Sem Patrão” é uma espécie de banco de dados, que recebe pedidos de trabalhos e tem arquivadas informações sobre profissionais de imprensa, distribuindo as vagas para o profissional com o melhor perfil.
Outra cooperativa é a dos Jornalistas de Santos (Jornacoop), criada em 1977 pelos jornalistas de Santos nos moldes da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal).
Mais recentemente vimos nascer a Coccar, Cooperativa de Comunicação, Cultura e Arte, (Mato Grosso) e a Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf) sob o comando dos trabalhadores da extinta Tribuna de Alagoas que se uniram para conservar o emprego e se tornaram seus próprios patrões.
Entendemos que, quando os profissionais se organizam em torno do mesmo objetivo, as conquistas tornam-se mais fáceis, fluem com mais naturalidade. Cabe a nós colocar em prática o dito popular “querer é poder”.
Antonio Santiago
3 pitacos:
No Paraná, isso jamais daria certo. Jornalista, aqui, gosta de ar condicionado do patrão e carteira assinada. De ir à luta, ninguém quer. O que já tá pronto é mais fácil!
Como diria o poeta: "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Assim, todos os que tiverem a alma 'não pequena' poderão trabalhar de forma cooperativa e fazer a diferença.
Santiago, sucesso para você!
Flavia
Pô, meu, que mal há em "querer" carteira assinada?
Qualquer bom profissional (de TODAS as profissões) têm é que EXIGÍ-LA, não só querê-la.
Aliás, pergunto ao anônimo das 16:47: como alguém que for só empregado irá se aposentar, na sua visão?
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.