29.4.09

Política e credibilidade da imprensa

Do ex-blog de Cesar Maia:

1. O jogo política-imprensa é sempre um jogo perigoso. Em tese, nos regimes autoritários os governos impõem à imprensa a censura e o noticiário. No extremo oposto, estão os governos frágeis cujas ações são meras reações ao noticiário. Se a linha do noticiário é uma, é nesta que esses governos frágeis entram, simplesmente “suitando a imprensa” e gerando uma espiral linha do noticiário-governo-mais da mesma linha do noticiário, etc.

2. O problema é quando a imprensa (um ou outro órgão de imprensa) acha que esse último jogo é o que interessa, pois mostra seu poder de definir as prioridades de governo. No entanto, o distinto público não entende bem essas relações de causa e efeito, pois não sabe quem veio primeiro, a galinha ou o ovo. Pior quando os governos frágeis resolvem agradar duplamente a imprensa. De um lado, priorizando as prioridades da imprensa, e do outro, aplicando muito em publicidade neste veículo.
3. O distinto público, na maioria das vezes, confunde e inverte a equação, pensando que é a verba da publicidade que faz a imprensa repetir as matérias do governo. Não consegue diferenciar causa e efeito e troca o poder da imprensa pelo poder do governo através de publicidade. O jogo, nesse caso, é de alto risco para a imprensa, pois afeta o seu maior patrimônio: a credibilidade. O jogo começa de um lado e termina percebido do outro.

1 pitacos:

Anônimo,  14:52  

Rigon, o blog do Azenha disponibiliza artigo de Elaine Tavares: A RBS no banco dos réus. Uma pintura. Vale a pena ler.
Ivan

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