25.4.09

Contraste

Quadro publicado na revista Veja desta semana mostra que o Maranhão vai mal, mas a família Sarney vai muito bem. Clique para ampliar.

4 pitacos:

Anônimo,  14:13  

Rigon estamos esperando a bomba.

Anônimo,  14:33  

O Brasil é o paraiso do capitalismo selvagem. Todo bom capitalista sonha em viver aqui, mas tem medo da violência, dos sequestros, da insegurança, dos segurnanças, dos empregados, dos choferes, do piloto do helicóptero, dos jardineiros.
O analfabetismo e as religioes fundamentalistas fazem parte da estratégia visando pra manter o povo calado e passivo.

Anônimo,  19:45  

Tem um filme do Glauber Rocha chamado Terra em Transe. Num sei se vc assistiu. Mas é bom filme, um crasco do cinema nacional. Qualquer idiota sabe, menos aqueles que tem medo de botar a moleira pra funcionar. Assisti umas dez ou vinte vezes este filme. Chega hora que o sujeito assiste e pára de contar. Pois bem, foi feito um lançamento do filme em DVD, há coisa dois anos. Custa coisa de 40 a 50 paus. E junto vem um documentário feito pelo Glauber no Maranhão, na posse do Sarney, em 1966.
O documentário é ducacete por dois motivos: o primeiro é que ajuda a entender um pouco mais a produção de Terra em Transe. A impressão que fica é Glauber superfaturou o material do documentário - filmes, basicamente e talvez aluguel de cameras - para usar em Terra em Transe. Isto é dedução. Mas o esperto do baiano fez mais: usou cenas que fez no Maranhão na posse de José Sarney em Terra em Transe. Quando vi o filme pela primeira vez fiquei espantado com o número de gente que Glauber reuniu. Reuniu o cacete, ele aproveitou todo aquele bando de miseráveis que foram ver a posse do Sarney e usou em seu filme. E não apenas eles, cenas da entrada no Palácio dos Leões e muitos etc.
O segundo aspecto, este ainda mais legal, é que Sarney que gosta de posar de intelectual jogou a peteca - a idéia do documentário - na mão de Glauber e Glauber fez o que quis. Ele filmou toda miséria do Maranhão, coisa medonha de se ver. A idéia, provalmente, foi a seguinte: "Sarney, vamos filmar toda miséria, mostrar que vc é a esperança e daqui a quatro anos a gente faz outro documentário pra mostrar a evolução". Sarney que só usa os miolos para roubar, aceitou. Ficou do cacete: mostra que a miséria dos anos 60 era endemica e não seria erradicada com discursos. A única coisa que Sarney faz no documentário é discurso. E o que fez no governo foi discurso e pular no lado vencedor: fez isto com a ditadura, fez isto quando a ditadura estava podre (tanto que virou presidente, por acaso, mas virou) e fez isto quando Lula apareceu no Pranauto para ser presidente.
Ou seja, o documentário é um dos testemunhos mais contundentes da crueldade, incompetência e safadeza dos homens públicos brasileiros. Sarney era o que o Ricardo Barros é hoje. Estes caras só pensam no próprio bem estar. Mas voltando ao Glauber, só isso - o documentário - seria coisa de gênio.
Mas o documentário funciona como prova contra a incompetência, a safadeza e muitos outros defeitos de Sarney e sua categoria mafiosa. Porque esta foto da favela é até pior do que as coisas que existiam antes. Ou seja, com Sarney o Maranhão piorou. A desgraça do Maranhão foi justamente cair nas mãos de Sarney. E o começo de toda esta desgraça foi registrada por Glauber.
Sarney certamente nem deve ver uma coisa destas. Uma das formas saudáveis de viver bem até a decrepitude é ir roubando sem olhar na cara das vítimas. Afinal, elas fazem uma cara muito triste.

Anônimo,  16:24  

Enquanto o povo não dispertar vão continuar assim mesmo, enquanto não parar de beijar as mãos dos politico desonesto,vao continuar vendo a riqueza dos politicos e a pobreza do povo.

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