Acim convoca para acompanhar votação
A Associação Comercial e Empresarial de Maringá enviou correspondência convocando pessoas para acompanhar a votação do veto ao feriado da igualdade racial, que é o primeiro item da pauta da ordem do dia desta terça-feira no Legislativo local. A Acim determinou que o prefeito Silvio II (PP) vetasse o feriado, e num tempo recorde o veto entra em votação. Movimentos sociais e até a Igreja Católica são favoráveis ao feriado, que existe em centenas de cidades brasileiras, inclusive São Paulo, a maior da América Latina. A associação anexou ainda um estudo feito por um professor da UEM em que ele próprio admite uma “inerente inexatidão dos resultados apresentados”.
É de lamentar que a Acim não tenha mobilizado as várias entidades que estão sob seu controle (como a SER, Observatório Social, Conseg, Codem etc), quando da votação do aumento do salário e da criação de cargos em comissão - o trem da alegria da administração municipal -, em janeiro passado, nem quando o prefeito anistiou do pagamento de ISSQN uma empresa local em mais de R$ 20 milhões, valor igual ao alegado prejuízo que o comércio terá com o feriado do Dia da Consciência Negra.
Aqui, a correspondência. Aqui, o estudo sobre o custo econômico dos feriados.
20 pitacos:
Deveriam convocar para algo que presta, como combate a corrupção, desvio de dinheiro público, inchamento da máquina administrativa, fraude em projetos (PAC)entre outros.
Como não têm vergonha na cara, ficam convocando para sumprimir um feriado em homenagem as nossas raízes.
Não tem realmente pudor, especialmente porque se passarem por um teste de DNA, saberão que todos tem raízes afro.
O posicionamento da Acim, até agora foi muito lamentável. Não só pela divulgação de números falsos de um suposto prejuízo causado pela adoção do feriado da Igualdade Racial, mas também pela falta de ética na forma como passou a pressionar os vereadores de Maringá, além dos pitacos racistas disfarçados como brincadeiras sem graça nesse blog. Acho que os diretores dessa entidade poderiam se redimir conclamando seus associados a evitar que trabalhadores negros sejam preteridos no momento em que suas empresas estão selecionando novos empregados. Também poderiam contratar modelos negros para ilustrar as suas campanhas publicitárias, ou coisas assim. Seria uma postura bem mais digna para uma entidade de classe.
ACIM pelo desenvolvimento da empresa afro-brasileira
Barreira corporativa
Não é apenas no mercado publicitário que pardos e negros podem enfrentar dificuldades para ascender. Nas empresas brasileiras, a barreira racial ainda persiste de forma contundente. Em quadros executivos de alto nível, o percentual de negros é de 1,8% contra 96,5% de brancos. Os dados são de pesquisa feita em 2003 pelo Instituto Ethos.
"Esse problema persiste em parte por causa do preconceito e em parte porque as empresas dizem que não há candidatos negros. É preciso, então, mudar as fontes de recrutamento", afirma Oded Grajew, presidente do Ethos. Essa mudança no paradigma de admissão de funcionários, argumenta, seria benéfica para as próprias empresas e também ajudaria a alavancar o crescimento da classe média negra.
Comunicado a Acim. A comunidade negra de Maringá movimenta economia da cidade em milhões de reais. Somos aproximadamente 30% da populaçao de Maringá.
O ano era 1695, o dia 20 de Novembro.
Neste dia foi assassinado o homem Zumbi neste dia nasceu o homem Zumbi.
Mas quem foi Zumbi?
Zumbi foi comandante e guerreiro de Palmares.
Lutou contra o sistema escravista da época e morreu acreditando na igualdade do homem. Mas a maior contribuição de zumbi e Palmares, foi encorajar as zenzalas a se rebelarem, acreditarem que eram homens e portanto deveriam viver dignamente, honradamente como tal.
Mas não foi assim que a historia contada, Zumbi e Palmares foram apagados da historia como se nunca tivesse existido, como se a escravidão tivesse sido aceita e não imposta. Como se negros e negras escravizados nunca tivessem se rebelado e lutado como podiam contra a escravidão.
Ao falarem da escravidão ressaltaram o poder dos senhores e a submissão do negro.
Falaram-me das correntes, do tronco, da chibata e dos porões. Ao falarem da nossa identidade, contaram-me que chegavam aos montes, em navios negreiros marcados a ferro como animais. Mas não me falaram da resistência, das lutas, da organização.
A historia que aprendemos hoje nas escolas, não nos diz quem foi Zumbi? E o que foi Palmares? Não nos diz quem foi Dandara? E o que foi a Revolta dos Malês? Não nos diz quem foi Ganga Zumba? e quem foi Manoel Congo? Não nos diz quem foi Antonio Conselheiro? E o que foi a Guerra de Canudos? Não nos diz quem foi João Candido? E o que foi a Revolta das Chibatas e não nos diz nada sobre outros milhares de quilombos espalhados em todo território brasileiro, existentes ate hoje e do qual seus descendentes estão sendo despejados da sua terra historicamente conquistada.
Os homens morrem, a luta e os sonhos continuam.
Ao ser assassinado transformaram Zumbi em um mártir, que ainda hoje encoraja os gritos, ascende o olhar, reúne seu povo em novos Palmares.
Muitos dizem que o povo brasileiro é composto por três raças, mas se esquecem de dizer que duas delas vivem na sua imensa maioria a margem da sociedade, nos morros, favelas periferias e áreas supostamente demarcadas e protegidas, sem infra-estrutura básica, sem direito a uma escola de qualidade, sobrevivendo diariamente, com a fome, a desnutrição, a violência, o trafico, as chacinas, a prostituição, a miséria e a morte.
E esses povos excluídos ao levantarem a voz para reclamar seus direitos, são acusados de perturbarem o bem estar social. São repreendidas, discriminadas e ironicamente culpados pela sua situação, chamados de perturbadores da ordem e da paz.
A idéia de paz de quem possui tudo é diferente da nossa.
A paz que eles querem inclui a escravidão da nossa família, com o nosso silencio, nosso consentimento, nosso confinamento dentro das favelas, imóveis, quietos.
A paz que nos não queremos é a paz dos guetos, aquela paz que te obriga a ignorar os olhares de preconceitos. A paz que é diariamente imposta por viaturas da policia. A paz de escravos. A paz de gente morta. 350 anos depois, ainda dói no povo à dor do universo, uma dor que tem cor.
Uma dor que humilha.Que deixa cego e paralisa o país.
Mas nas favelas e periferias o filho ensina a mãe o que ela nunca teve a oportunidade de aprender.
Algo começa a mudar.
A verdade é que ao olhar mais profundamente se percebe que durante toda a nossa vida, recebemos a verdade de terceiros.
A 1° verdade recebemos na infância, quando sentimos mas não questionamos. A, 2° verdade é a da revelação de que nos impuseram uma grande mentira. A, 3° verdade é aquela que esta acompanhada da dignidade humana.
É a verdade da transformação.
É por esta, 3° verdade que estamos aqui, queremos transformar a realidade daqueles que sofreram e sofrem discriminação.
O feriado de 20 de novembro é alem de ser um dia no calendário oficial que realmente nos representa. É um dia de reflexão para a sociedade lembrar quem fomos, repensar quem somos e o mais importante o que pretendemos ser.
“Escrevo o que Quero”
Banto militante do movimento Hip Hop
Onde a Acim guarda seu racismo?
Onde você guarda seu racismo?
Onde o prefeito guarda o seu racismo?
Poderia ate se fazer uma analise semelhante a que foi feita recentemente com relação aos ilustres secretarios municipais do passado com o que se apresenta na atualidade. Com todo respeito ao atual presidente, vale lembrar que liderança se conquista.Se nao foi interessante seu pronunciamento, agora pedimos pelo menos postura e respeito a entidade. Socorro Rigon
Ter uma data, que seja referencia para os que defendam qq tese vá lá....mas querer NAO-TRABALHAR??????
O que esse feriado vai mudar na vida dos negros?TENHA SANTA PACIÊNCIA VIU.
O novo quilombo dos Palmares
Estudos recentes mudam a visão que predominou
no século XX sobre os povoados
O que se pensava
• O quilombo era uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado
• Zumbi lutava contra a escravidão
• Zumbi foi criado por um padre, recebeu o nome de Francisco e aprendeu latim
• Ganga-Zumba, líder que antecedeu Zumbi, traiu o quilombo ao fechar acordo com os portugueses
O que se pensa hoje
• Havia em Palmares uma hierarquia, com servos e reis tão poderosos quanto os da África
• Zumbi e outros chefes tinham seus próprios escravos
• As cartas em que um padre daria detalhes da infância de Zumbi provavelmente foram forjadas
• Ao romper o acordo com Portugal, Zumbi pode ter precipitado a destruição do quilombo
A ACIM está mais uma vez de parabéns, ñ se esquivou em tomar uma postura polêmica e defender os interesses de nossa amada Maringá. É claro q os negros merecem todas as homenagens, e vou mais além, na semana do dia 20/11 deveria haver intensa programação cultural, durante toda a semana. Mas mais um feriado? Em q isso ajuda? EM NADA! SÓ ATRAPALHA!
Marcelo Del Trejo,
Você está parabenizando a Acim por pressionar os vereadores a se posicionarem contra a metade da população que descende daqueles que mais trabalharam nesse país e que nada receberam em troca?
Quais foram os meios utilizados por esses senhores?
A ACIM é ainda mais atrasada do que a a sua similar paulista. Quando a Lei que criou o Dia da Consciência Negra foi aprovada em São Paulo, a entidade que representa o interesse dos empresários de lá não teve a mesma coragem de apresentar números mentirosos e nem pressionar, sabe-se lá como, o prefeito e os vereadores para questionarem o merecimento de uma homenagem aos negros.
Anônimo das 15:28,
O que é que você está pretendendo com essa conversa? Por acaso, o seu objetivo é dar argumentos para os racistas de que a escravização dos africanos era uma não tão ruim assim, ou que os negros não deveriam lutar pela liberdade, porque não compensava, já que cairiam sob o domínio de líderes como Zumbi, e que este era tão ruim como os escravagistas? Você não chega ao extremo de dizer que a escravidão dos negros não deveria ter acabado, não é?
Parabéns ACIM! uma voz de bom senso em meio a tanta besteira falada travestida de discurso anti preconceito. A comunidade negra deveria se envergonhar por alguns de seus representantes, que lutam para ter um feriado, mas na hora da lutar pelas bandeiras que realmente fazem diferença ficam calados.Como se o feriado mudasse alguma coisa, que visão paternalista e atrasada!!
A ACIM vai merecer receber os parabéns quando mudar a sua política e começar uma campanha em prol de mais empregos e promoções para os negros que até agora só foram vítimas de discriminação.
Pergunta: Quantos negros trabalham na ACIM.
Destes quantos foram empreagados pelo currículo que possuem?
É certo que nem todos os sócios, ou mesmo os membros da diretoria, da Acim são racistas. Não dá para ter dúvida de que entre eles, vários são pessoas muito éticas e não aprovam essa postura arrogante que tem guiado a entidade, especialmente nesse episódio de agressão à dignidade da população negra, mas o que causa estranheza é o silêncio dessa parcela dos empresários maringaenses, cuja omissão tem permitido o crescimento da injustiça.
ffazer um feriado tudo bem, mas não da pra engolir um zumbi que ja morreu,vamos comemorar o dia do ANTERO ROCHA, vivinho da silva e um bom representante da conciencia negra
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.