21.2.09

"São os números dos telefones de Deus"

Millôr Fernandes, na sua página na Veja, reproduz Yehuda Amichai, o maior poeta israelense do século XX. O poeta nasceu na Alemanha, emigrou para a Palestina aos 9 anos, serviu na brigada de Palmach, no Negev, durante a guerra de formação do país. Intensamente judaico e israelense, Amichai (o c é mudo) tem uma visão cosmopolita; dramática, mas irônica.

Depois de Auschwitz
Depois de Auschwitz, nenhuma teologia.
Das chaminés do Vaticano
sobe fumaça branca,
Sinal de que os cardeais escolheram seu Papa.
Do crematório de Auschwitz
sobe fumaça negra,
Sinal de que o conclave dos
Deuses ainda não elegeu
O Povo Eleito.
Depois de Auschwitz, nenhuma teologia.
Os números nos pulsos
Dos internos para extermínio
São os números dos telefones de Deus,
Números que não respondem
E agora são desligados, um a um.
Depois de Auschwitz, uma nova teologia:
Os judeus que morreram no Shoah
Agora ficaram semelhantes a seu Deus,
Que não tem semelhança com um corpo e não tem corpo.
Eles não têm semelhança com um corpo e não têm corpo.

2 pitacos:

Anônimo,  18:29  

Depois de Aschwitz, os judeus resolveram se vingar nos palestinos. Construiram um Aschwitz ao inverso. Esgueram muralhas nas terras palestinas e consstruiram seu gheto, racionaram a agua e jogam bombas de fragmentaçao e com dejetos radioativos em tudo que estiver proximo à colônia. Nao sabem viver com outros povos, e se vivem, se organizam pra se separarem deles, pra construir um pequeno Siao, sustentado com mao de obra barata da India, da China, da Africa. Sao o povo eleito e o resto é excluido. Religiao, nao importa qual, é mesmo uma merda.

Anônimo,  00:39  

ache coisa interessante, a veja eu já assino...

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