Migalhas
A amizade pessoal entre o juiz e o advogado não é, ao contrário do que julguem os profanos, um elemento que possa ser útil ao cliente, pois se o juiz é escrupuloso, tem tanto medo que a amizade possa inconscientemente levá-lo a ser parcial a favor do amigo, que é naturalmente levado, por reação, a ser injusto contra ele. Para um juiz honesto, que tenha de decidir uma causa entre um amigo e um indiferente, é preciso maior força para dar razão ao amigo do que para lhe negar; é preciso maior coragem para se ser justo, arriscando-se a parecer injusto, do que para ser injusto, ainda que fiquem salvas as aparências da justiça - Piero Calamandrei, in “Eles, os juízes, vistos por nós, os advogados”
2 pitacos:
Não entendi o Post em questão.
Na verdade a narrativa leva a entender que tem algum Juíz beneficiando o delinquente por conta da amizade ou $$$$$$$$$$$$$$
Mas de fato não entendi.
Ele quis dizer que há juízes e juízes. Um perigo para organizações mafiosas. Daí a necessidade de mais instâncias. Tanto é que há quem diga não ter preocupação nos casos que subirem às chamadas instâncias superiores. Suas preocupações estão nos juízes honestos de primeira instância.
Não me ocorre nem um exemplo presente de juiz sendo perseguido nem de delegado da PF sendo preso por ousarem investigar e julgar membro da organização. Nem de rebuliço envolvendo órgãos de segurança para embaçar e melar processo de investigação.
Não é a amizade e sim a convardia que prejudica algumas decisões.
Ivan
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.