Contrariedade
- A um certo cinema fui
e me assentei junto ao Rui.
E a sua cabeça - um mundo
de tanto saber profundo -
não me deixou ver o rosto
do meu amor... Que desgosto!
Amo ao grande Rui com ânsia,
mas naquela circunstância...
Que nunca tal me aconteça!
Porque a verdade é verdade:
eu cheguei a ter vontade
de ver Rui... sem cabeça...
Belmiro Braga (7/1/1872 - 30/3/1937)
PS - A poesia, reproduzida no boletim Migalhas de hoje, está num livro que comprei num sebo nos anos 70. Sempre a achei o maior barato.
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