16.10.08

Os brutos também jogam

Atualizado - Carneiro Neto escreve em sua coluna, na Gazeta do Povo, sobre os zagueiros do futebol paranaense que não davam folga aos atacantes. Ele cita Pinduca, do Grêmio Maringá, entre os que deixaram os seus nomes gravados nas canelas dos adversários.
Nos anos 70 o Sulbrasileiro (que ficava no térreo do Atalaia) entregava a quem abria uma caderneta de poupança algumas revistas contando a história do futebol do Paraná, e Pinduca foi capa de uma delas. Anos depois vim a conhecê-lo, numa visita que fez à rádio Cultura. O que falavam de sua raça e disposição fizeram-no um dos meus primeiros ídolos no futebol.

5 pitacos:

Anônimo,  09:42  

A Habitasul funcionava na avenida Getúlio Vargas, onde é hoje a Fininvest.

Anônimo,  10:46  

Ídolo. Cê era um garoto bem estranho, mesmo, hein. Com tanta gente boa naquele time para ser teu idolo, Garoto, Haroldo Jarra, Edson Faria, você foi pegar o Pinduca. Tá bom.
Mas história seguinte Rigão: Pinduca jogava, se não me engano, no Comercial de Cornélio Procópio, que foi campeão estadual antes do Grêmio. Ele foi contratrado pelo Navarro mansur para formar o time que veio a conquistar o primeiro título de campeão pelo Grêmio.
Dizem que num jogo entre Grêmio e Londrina pela Zona Norte ele deu uma porrada no Martins que quase aleijou o sujeito. Parece que teve deslocamento de clavícula, coisa assim. E o presidente do Londrina, Carlos Franchelo, que não era batizado, jurou vingança. Deixou a poeira baixar e no final do ano contratou o Pinduca. Jogou o cara na reserva, e sem jogar Pinduca engordou e ficou imprestável para o futebol. Como se diz, vingança é um prato que se come frio.
Pinduca terminou os dias em Santos, onde para sobreviver trabalhou como estivador. Morreu pobre e esquecido.

Anônimo,  10:52  

Violento também era o Tatu. Que foi do Paranavai, do Maringá Esporte Clube e parece que passou pelo Londrina. Era baixinho mas conseguia deslocar a cabeça do adversário com um sutil e leve chute. Se bem aproveitado, poderia dar um belo bailarino ou lutador de karatê. O cara sabia enfiar aquelas pernas em qualquer órgão do adversário.
E não podemos esquecer Mr. Pescuma, do União Bandeirante. Aquilo batia tanto que quase foi contratado para ser açogueiro: deixava qualquer carne macia, macia.

Anônimo,  11:07  

Conheci Pinduca, o vi jogar, como vi Zé Garoto, Haroldo Jarra, Macário, Nilo e o cracaço Roderlei. Pinduca não alisava, chegava a madeira. Por cima ou por baixo, só dava ele na zaga do Grêmio.
Tive o privilégio de acompanhar aquele gremão. Trabalhei de engraxate na República de Seo Teodósio e engraxei sapatos e chuteiras do Garoto, do Roderlei, do Oliveirinha, do Ariston.Me orgulho de ter vivido esta época.
Messias

Anônimo,  15:51  

FUNDÃO DO ALVORADA - Esqueceram do JAPONES, esse batia.

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