De onde sairá o milhão?

A respeito do aporte de R$ 1 milhão na SBMG, leitor da área lembra que a empresa, com capital social de R$ 500 mil, sobreviveu com bravura e honradez até o momento em que teve uma gestão inadequada. E questiona: de qual secretaria sairá este valor?
A SBMG é uma sociedade anônima de economia mista, onde seu sócio majoritário, detendo mais de 95% das ações é a Prefeitura Municipal de Maringá e diante desta colocação nada mais natural que ela faça investimentos na sua própria empresa. "Porém o sistema aeroportuário brasileiro dispõe de programas e verbas estaduais e, principalmente, federais, que deveriam e devem ser utilizadas, desonerando assim, neste caso, a municipalidade. Novamente pergunto-me: este valor não poderia estar sendo investido em educação, saúde, esporte?", questiona.
"O aeródromo de Maringá não foge à regra de outros aeroportos, necessita de investimentos e na sua maioria de elevado custo. Porém, o município injetar 1 milhão de reais para pagamento de despesas de pessoal é totalmente descabido, não desmerecendo os profissionais que ali estão.
Cito como exemplo a torre de controle que era operada pela Nordeste Linhas Aéreas, com profissionais capazes e equipamentos necessários a sua operacionalidade com toda segurança, porque segurança é o que predomina num aeroporto, e o melhor, com tardança mínima para a SBMG, pois as despesas de tal atividade eram pagas pelas companhias aéreas, como é o sistema em todos os aeroportos brasileiros, inclusive os operados pela Infraero. Hoje, referida torre de controle é administrada pela SBMG com acentuado custo mensal, fazendo com que sua receita, que creio estar precária pelo reduzido movimento de vôos, não seja destinada à investimentos extremamente necessários, como melhorias no pátio de manobras de aeronaves, melhorias na pista de pouso/decolagem, efetivo e equipamentos na seção de combate a incêndio, efetivo operacional da própria SBMG, sistema de tratamento de água e esgoto, posto de primeiros socorros, não se falando de ampliação e readequação do pátio de pequenas aeronaves devido a internacionalização do terminal de cargas".