"Só não tem baiano"
De José Antonio Machado, ex-presidente da União dos Garimpeiros da Amazônia, em entrevista o blog de seu xará Altino Machado:
O que é a Amazônia?
- Na Amazônia só não tem baiano, que é uma outra raça brasileira. A Amazônia é uma região de pessoas para lá de excepcionais. Ela suga de todas as regiões as pessoas mais rebeldes do sistema social brasileiro, que não aceitam a mendicância, o comando ditatorial de governos. Para a Amazônia se vai pela alma para enfrentar outra fronteira de vida. Na Amazônia, a gente é avaliado pelo que a gente é e não pelo que a gente tem. Essa é a grande diferença da Amazônia em relação ao resto do mundo. Lá só tem quem trabalha, lá só tem quem sabe, quem faz. É por isso que a Amazônia não acomoda baiano. E não tendo sesta, não tem como baiano ficar. Baiano gosta de dormir e acordar tarde. O único baiano na Amazônia que não deu para nada e virou senador foi meu amigo Ademir Andrade. Mas o grande problema mesmo é saber quem são os índios. Quem são os índios e como vamos tratá-los? Quais os direitos que vamos dar a eles? Qual a possibilidade de entendimento que vamos ter com eles? Eu conheço uma sociedade indígena infinitamente melhor do que a maioria das pessoas que fazem as leis dela.
4 pitacos:
Esse seu "José", deve ter dormido deve ter dormido demais com baianos e ter traumas de baianos.
Aos baianos e aos nordestinos, o Paraná - deve pleito de gratidão. Foram eles ao lado de mineiros e paulistas, que derrubaram no machado e no "traçador" as matas centenárias e milenares; foram eles que perfuraram poços em busca d`´agua, alguns com mais de 40 mts de fundura.Chegando em Maringá em 1953, tive a oportunidade de conhecer essa "raça diferente" - que sempre estava no trabalho e não recusavam serviços. Agora, "dormir", "tirar uma sexta", que eu sei, foi herança de compatriotas portugueses e italianos e convenhamos, dormir uns momentos durante o dia, é um hábito salutar e por falar nisso, acabei de dar uma cochilada!
Como que não tem sesta no Amazonas? Claro que tem. Fiquei lá um tempo. Até shopping fechava depois do almoço. Algumas lojas nem abriam mais depois do almoço. A gente que era paulista achava a princípio que era muita folga. Depois com o tempo reconheci que eles sabiam lidar com a natureza. O calor era insuportável. Às vezes, durante a tarde parecia que eu via miragem, de tanto calor. Fora disso a gente ficava com a pele toda inchada pelas picadas de insetos: mutuca, pium e mucuim.
Prefiro não comentar...
Em compensação por aqui... tá lotado... pelo jeitão da coisa, hehehee...
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.