Candidatura difícil

Um leitor escreveu há pouco sobre ficha-suja e me fez lembrar algo muito interessante: dificilmente o deputado federal e todo-poderoso Ricardo Barros (PP) será candidato ao Senado, como faz veicular há mais de 10 anos.
Em fevereiro último, o Tribunal de Justiça do Paraná condenou-o por improbidade administrativa cometida quando era prefeito - ele contratou funcionários municipais sem concurso público. A sentença inicial foi do Juízo da 4ª Vara Cível de Maringá. Ele recorreu ao TJ, que em fevereiro manteve a sentença e constatou "improbidade administrativa configurada". Barros (e também o ex-prefeito Said Ferreira, condenado na mesma ação) recorre da condenação, e o caso deverá estar definido, transitado em julgado, até as próximas eleições, onde devem prevalecer as novas regras em relação aos chamados fichas-sujas.

PS - O acórdão diz ao final: "Diante da nulidade das contratações, resta configurada a improbidade administrativa e o dever de restituir aos cofres públicos os valores gastos com as remunerações dos servidores contratados sem a realização de prévio concurso público".