Políticos fichas sujas

Do leitor:

A propósito das notícias sobre a possibilidade de candidatos com ‘fichas sujas’, ou seja condenados em primeiras e segundas instâncias, ficarem impedidos de concorrer, entendo que nada mais justo, pois para qualquer brasileiro que queira ser admitido no serviço público, depois de aprovado em um concurso muito disputado, é exigido que tenha ficha limpa.
Cito o exemplo do último concurso para procurador do Estado do Paraná que teve mais de 5.000 candidatos e no final foram aprovados 103 e para serem admitidos precisam cumprir o seguinte requisito para investidura no cargo: ‘ter bons antecedentes, comprovados mediante folha corrida da Justiça dos estados onde teve domicílio nos últimos 5 (cinco) anos.’
O que é ter bons antecedentes? Alguém que tenha sido condenado por denúncia de superfaturamento de laptops, por exemplo, ou por ter supostamente ficado com parte dos salários de assessores, com sentenças confirmadas em segunda instância, tem bons antecedentes? Se esses tivessem sido aprovados em concurso para procurador do Estado, não poderiam assumir. Já como vereadores, deputados, senadores, governadores, presidente da República, há quem diga que possam.