O mestre dos fantoches

O deputado federal Ricardo Barros (PP) está a dois dias de se tornar o mestre dos partidos-fantoches de Maringá, produzindo, automaticamente, candidatos-bonecos, títeres incapazes de ação e postura próprias. Estará a um passo de se ficar politicamente mais forte do que se tornou quando, há pouco mais de um ano, renegou as origens e se tornou lulista desde criancinha. Teve que fazer isso, vender a alma, caso contrário continuaria a chorar diante de empresários, como fez na Acim, por causa da desastrosa e insossa administração do irmão mais velho, que sequer soube montar uma equipe de auxiliares.
A questão é que de Barros, o que manda, articulou para o lançamento de dr. Batista como candidato a prefeito pelo PMN, numa aliança que deve incluir o PPS, o PR e o PTB. Ricardo garantiu a deputados e presidentes de partidos políticos que é ele quem bancará a campanha de Batista - como fez com a última, de deputado estadual, há dois anos. Batista nega, mas quem acredita? Ricardo Barros trata dr. Batista como um bonifrate, mas não só a ele. Basta ver a relação de partidos que farão convenção no mesmo local que o PP - entre eles, partidos que posam de grandes, como o PSDB e o PDT. Aliás, o presidente deste, o vice-prefeito Carlos Roberto Pupin, tem sido destratado por Barros nas conversas políticas com assiduidade impressionante. Nas conversas que manteve ao longo dos últimos dias sobre sucessão com outros partidos, Ricardo Barros desmerece Pupin como não se faz a um adversário a quem se considera minimamente.
Nesta hora de definição política, Pupin e Batista aparecem aos olhos dos políticos da cidade - e, claro, é questão de dias serão vistos da mesma forma pela população - como dois fantoches manipulados por Ricardo Barros, que por sinal um dia teve o carinhoso apelido de (*)undão. São, queiram ou não, títeres de um (*)undão. Ao se prestarem a esse papel, terão parcela de culpa no prejuízo que a cidade terá ao reprimir o crescimento de suas lideranças.