31.5.08

Teologia existencial

Trecho de artigo de Ricardo Gondim:

Por anos, não me dei conta de que agi como um religioso obstinado. Hoje, lamento ter sido um inquisitorial que defendeu a “verdadeira doutrina”; renego ter me sentado na cadeira do fariseu intolerante que espezinhou pessoas simples; choro porque já calei diante de desmandos de gente “famosa” só para continuar bem quisto; tenho vergonha de já ter envernizado minha fala para angariar simpatias de um clero que hoje desdenho.
Na íntegra.

4 pitacos:

Anônimo,  23:10  

Por estas e outras é que não sento em cadeira nenhuma. Eu fico em pé. Às vezes dar dor nas costas. Mas é melhor duas dores nas costas que uma na consciência.

Anônimo,  23:47  

É difíl responder a anonimos, especialmente quando tem razão...

Maria Newnum

Anônimo,  16:09  

ESSE RICARDO SABE DAS COISAS

Anônimo,  10:43  

Me desculpe a Maria Newnum, mas o anônimo das 23:10 não tem razão. Em que pese a maior facilidade da vida resolvida pela omissão, sabemos todos que a vida é essa tensão entre diversos elementos que Nietzsche e, depois dele, Max Weber, resumiam no paradoxo ´razão´ e o ´intuitivo, artístico´. A vida sendo esta tensão, é por meio dela (seja vivendo-a na plenitude, mesmo à loucura, como nos casos dos dois pensadores acima citados), seja resolvendo-a por re-assegurar a crença no divino metafísico, como no caso do Cristianismo (e leva-lo também às últimas consequências) são condições mais justas do que simplesmente negar a existência da tensão ou, como é também bastante comum hoje, assumir posturas contraditórias, como uma moral que nega o absoluto divino mas concomitantemente fica a exigir a obediência a valores ainda cristãos, ou de qualquer outra ordem que só se fundamentaria num absoluto qualquer (ou, o seu oposto, afirmar o absoluto Deus e negar a pertinência das consequências morais dessa afirmação). A essas duas últimas opções Nietzsche qualificou de niilismo (quanto à opção cristã, obviamente ele lhe negava substância - o absoluto e, deste modo, também reputava por niilista, mas aí temos uma questão de fé - ou falta de - no absoluto!).
JM

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