Pobre cidade sem cultura
Por JC Cecílio:
Onde a história vira sucata, a ética é enterrada, a memória de um povo é esquecida!
Onde meia dúzia de famílias se acham donos desta terra, e novas gerações que não sabem o valor e importância de símbolos de uma cidade, aliada ao pior desejo de ganância imobiliária de grupos dominantes desta província em um momento de oportunismo barato.
Com a maioria da população passiva, pois parece que o “pensamento único” domina a maioria, ninguém mais sabe discernir e/ou opinar com idéias divergentes do que lê, ouve e vê nos órgãos “oficiais” da imprensa local.
Maringá conta com pouquíssimo acervo histórico e artístico, e que agora, em pleno momento de reflexão de início de novo século, onde a palavra preservação é quase que lei em todo o planeta, surgem os exterminadores nesta cidade e resolvem acabar com o que temos de mais significativo em termos de edificação histórica e arquitetônica.
Se aproveitaram de um evento isolado, calhas metálicas enferrujadas que se soltaram, e que nem faziam parte do projeto original, então alguns oportunististas de plantão viram ali sua galinha dos ovos de ouro.
Fizeram a coisa toda por fora dos debates, incluíram os políticos coligados, os sempre padrinhos da “sociedade”, agiram rápido, coisa fácil em Maringá, pois a passividade é notória.
Lamentável, a gente crescia com orgulho das histórias de nossos pais e avós pioneiros,
Toda a luta, a união entre eles, o bem comum acima de qualquer facção partidária, o desenvolvimento já era sustentável, apesar do dematamento, o verde foi respeitado em seguida, bosques e arborização que marcam nossa cidade.
Mas após a década dos 90, parece que lei do vale-tudo é que prevalece.
A política pasteurizada, sem ideologias, criam políticos de carreira, interesses pessoais ou grupais e familiares dominam esta gente sem dar nada em troca.
A antiga Rodoviária, para mim é um Memorial da Imigração de Maringá, pois a maioria da população chegou por ali, pois por muito tempo foi o elo de integração com o resto do país e com o mundo.
Sua arquitetura ímpar até hoje saltam aos olhos de quem a vê, mesmo abandonada e interditada de forma irregular.
Conhecendo muitas cidades mundo afora, vejo algumas com menos de dez mil habitantes cultuarem seus fundadores, suas edificações e monumentos, algo quase sagrado, restaurados e revitalizados, memória viva e servindo a população como museus, centros de cultura, mercado de especiarias ou memorial.
Caso ocorra sua demolição e substituição por condomínio comercial ou residencial será registrado pela história como um crime imperdoável, e que mais cedo ou mais tarde os responsáveis por esta barbaridade serão lembrados como carrascos da memória de Maringá!
Ainda há tempo, vamos rever os conceitos e virar a mesa, senhores!
Viva nossa Rodoviária!
15 pitacos:
Nenhum poitico levantou a bandeira da restauração!!!!!!!!
Cidade de forasteiros!
JC faz o seguinte, compre a rodoviária e faça daquilo o que vc quer.
Quem sabe criação de baratas de raça.
Dá licença, vá procurar o que fazer.
Tem que derrubar e preonto.
Pena que não dá pra implodir, porque ia ser um espetáculo.
CONGRATULATION!
CECILIO!
De fato como bem disse o J. Cecílio, a prefeitura/prefeito usou de todos os meios para fazer valer os eu intento de demolir a rodoviária.
Primeiramente encomendaram um laudo sem sustentação técnica, um laudo forçoso, que classificava a rodoviária como em estado de desabamento. Laudo este que foi negado pelo engenheiro e professor da UEM Antonio Carlos Peralta. Com base neste laudo, interiduto a rodoviária e despejou lojistas.
NO ambito municipal quando a sociedade via MInsitério Público obrigou a secretária de cultura a abir um processo de estudos de tombamento, o prefeito usando seu poder de influência sobre os membros da mesma (cuja maior parte foram indicados por ele mesmo dentro dos quadros de CCs, FGS) fez o tombamento não ser aprovado.
NO ambito estadual fez o mesmo. Fez todas as interferências possíveis, conversou com deputados (em especial com a cunhada Cida Borgueti), com a secretária de cultura do Estado do Paraná- Sra. Verra Mussi ) solicitando uma interferência no sentido de não tombar o prédio,que aos seus olhos era "grande perigo" para a sociedade".
Algumas pessoas podem até não entender o significado a rodoviária e julgar a questão tão somente pelas condições em que ela está agora. Mas não se deixem eanganar, a história da rodoviária, cheira muito mal. Cheira abuso de poder.
Joana Bechman
hei...
Esqueceu de dizer que a Interdição foi somente para os pobres e coitados lojistas, pois a VIAÇÃO GARCIA NUNCA SAIU de lá, trabalham com o funcionário "homem-de-ferro", imune a qualquer desmoronamento, já foram visitar, ou vcs tem medo de cair um arco maciço em cima de vcs?
A lei nunca foi pra todos né?
a grana acaba mas a má fama fica prá sempre........além de sacana é burro, faria história para o bem, mas....é fraco!
nossa puxar saco por R$ 200,00 na folha é lamentável! se vendem por pouco, eca!
Maringá nem museu municipal tem, se não fosse a UEM (estadual)...
Nem capacidade de administrar cuidar de coisas simples como bosques e parques, será que o povo vai ser bobo de novo?
Nada é imposSILVIO, engolir de novo, ninguem merece?
Xavier Santos
Para o ... das 18:27:
Se o prédio da rodoviária pertence à prefeitura, pertence a mim, a você, ao J C Cecílio, AO POVO DE MARINGÁ, não ao prefeito. Este parece que não tem nenhum compromisso com a cidade,também, caiu de pára-quedas, quer mais é tirar proveito.
Como pode um homem que se diz expert em turismo não saber o valor de um prédio histórico?
O prédio está feio? Vamos fazer como as grandes cidades do Brasil e do mundo: RESTAURAR, preservando suas características originais. E depois dar a ele uma destinação digna e que inclua toda a população. Agora, se o prédio era freqüentado também por prostitutas e outras pessoas que vivem à margem da sociedade, lembre-se: DE UMA MANEIRA OU DE OUTRA, ELES TAMBÉM PAGAM IMPOSTOS, TAMBÉM SÃO CIDADÃOS MARINGAENSES, O PRÉDIO PERTENCE A ELES TAMBÉM!
Mais uma coisinha: o que fez este prefeito para incluir estas pessoas marginalizadas? Não era ele que arrotava competência e ia resolver tudo?
Ia pedir para você ler novamente o texto do JC mas acho que não adianta...
Não gostou do que escrevi? Como diz o ditado popular, vá se queixar ao bispo...
Ou ao prefeito...
Ass.: Será
Passou da hora de derrubar aquele tramboio
Deus me livre, que coisa mais horrivel que é aquilo
temos q levar a cidade pra frente, tranforma-la em moderna, nao em museu....
Cidade provinciana, sem memória, sem lei...
O que faz o judiciário desta cidade?
Vai agir só depois que o prédio estiver no chão?
É revoltante!
Venância.
Mais do mesmo...
Mas o tal imposSílvio é de lascar...
Derrubar a pornoviária? Não é imposSílvio e nós vamos fazer.
Derrubar o troço, ok, o duro é darem de bandeija para algum financiador do imposSílvio.
Já que Maringá não tem museu, deveriam transformar a pornoviária em museu, com lanchonetes também e alguma secretaria de turismo. Algo também legal seria a idéia (se não me engano do JC Cecílio) de colocar a locomotiva lá no meio.
Ficaria legal, seria pública e talvez não custasse muito (tirando o transporte da locomotiva). Como haveria uma secretaria, teria policiamento... poderiam até colocar um posto policial...
Ok, acordei...
A vontade do povo deve e tem que prevalecer, pois tirando alguns gatos pingados que aqui postam, a maioria absoluta da população quer ver aquela região revitalizada.
Oras, a vontade popular, quando incide sobre bens públicos é soberana.
Sei que sou dono daquele trambolho também, e, assim como a maioria dos meus sócios queremos que derrubem meu prédio, entendeu?
É fácil os donos querem ver aquilo no chão, e voces que são minoria querem o contrário.
A vontade popular tem que ser respeitada, principlamente sendo maioria absoluta.
Triste e preocupante essa história toda, com certeza.
A antiga rodoviária faz parte sim da história de Maringá e é lamentável que algumas pessoas julguem-na apenas pela aparência em que agora se encontra. Isso é cegueira; não percebem que intencionalmente o prédio foi deixado sem os devidos cuidados exatamente para provocar esse tipo de reação? Como podem ser tão tolos?
Preocupa o tratamento dado àquele prédio. Quantos outros prédios/espaços serão alvo, doravante, da ganância imobiliária? Talvez alguns se lembrarão da campanha defendida por alguns há alguns anos, para transferir a UEM do atual lugar para região fora de Maringá. Não será esse o próximo alvo dos especuladores de plantão? Ou os conjuntos populares na avenida Tuiuti e outras, habitados pelos imigrantes pobres que para Maringá vieram trabalhar e viver, nos anos 60.
Faço parte de toda essa história - rodoviária, UEM, conjuntos populares - e penso que a cidade pode se revitalizar, crescer e ´se modernizar´(garanto que o anônimo que o usou não tem a mínima noção do que ele signifique) sem a necessidade de negação da história da cidade.
JM
Se os que sao a favor da demoliçao nao fizeram nenhum abaixo-assinado, como podem saber se a maioria quer a demoliçao? Até agora so tem abaixo assinado CONTRA a demoliçao, pedindo no minimo que haja discussao com a sociedade, debate democratico e aberto.
Ao contrario disto, o que a prefeitura tem feito é ir contra a democracia, afrontando mesmo as instituiçoes juridicas, montando laudos inconsistentes e equipes tecnicas partidarias, ignorando todos os pedidos insistentes de participaçao publica.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.