12.4.08

Nossa diplomacia fortalece caudilhos

Trecho de entrevista com o historiador Marco Antonio Villa, autor de 21 livros, nas páginas amarelas da Veja:

Veja Como o senhor avalia a atual diplomacia brasileira?
Villa – Nossa diplomacia se esquiva de defender os interesses nacionais na América Latina. Teima sempre em chegar a um acordo e, como não consegue, acaba cedendo aos vizinhos. Se Lula tivesse sido presidente na República Velha, o Acre seria hoje dos bolivianos e Santa Catarina, dos argentinos. Por aqui se pensa que o Brasil não pode ter interesses nacionais ou econômicos na América do Sul, uma vez que estamos em busca de uma integração regional. É um equívoco. Os interesses do Brasil não são os mesmos da Argentina. Os objetivos do Paraguai não são os do Brasil. A linguagem amena, educada, usada pelos nossos diplomatas apenas tem fortalecido os caudilhos da região, como o venezuelano Hugo Chávez e o boliviano Evo Morales, que se acham com autoridade para falar ainda mais grosso e aumentar as exigências.

9 pitacos:

Anônimo,  11:00  

E viva a democracia do proletariado! vamos dar tudo pros Argentinos, Venezuelanos, Bolivianos, Equatorianos, etc, prá depois que eles conseguirem o que querem nos dar um grande chuta na bunda.

Rudá Ricci 11:07  

Quanta bobagem! É muito desconhecimento sobre a melhor diplomacia do continente.
Rudá

Anônimo,  11:33  

Concordo com você Rudá... alguém para dar uma entrevista dessas, teoricamente, deveria conhecer do que está falando...

Só exemplificando nosso ponto de vista, o comércio com a Venezuela de Chaves, anteriormente limitado a míseros 600 milhões de dólares, chegará, em 2008 a perto de 6 bilhões, portanto, essa é a diplomacia ao meu ver correta...

Os caras fazem que se metem, mas, não se metem e vai comendo pelas beradas... se isso é errado, eu faria o errado também...

Até porque, pra que serve diplomata mesmo? Pra instaurar guerras é que não é, daí teríamos generais no cargo... É para resolver tudo na base da diplomacia mesmo, oras...

Por falar nisso, Celso Laffer esteve em Maringá na semana que se passou e deu palestra para milhares de advogados e alunos dos cursos de direito das faculdades de Maringá...

Foi, e é, um grande diplomata, sendo ministro das relações exteriores do governo passado...

Anônimo,  12:15  

Finalmente concordo com o Rudá, nunca li tanta bobagem sobre a política externa brasileira. Coisa de direitão com dor de cotovelo, o cidadão deve ter perdido alguma boquinha no Itamaraty.

Rudá Ricci 14:08  

Pois é. Vamos aos fatos. Não acho que seja algo interessante um país ter 20% de sua economia nas mãos de uma empresa estatal de outro país. Não por mero nacionalismo, mas porque a crise de um leva necessariamente à crise do outro. Efeito dominó. É isso que ocorre na Bolívia. Não vejo onde está o erro de Evo Morales e o Brasil, numa postura correta, precisa negociar um novo posicionamento econômico. A Venezuela tem o poder do petróleo, mas nem de longe se compara à supremacia econômica do Brasil. E o Mercosul, até agora, foi um deleite só para o Brasil. Nós é que ganhamos mais com tudo. A diplomacia brasileira é quem redigiu e impôs a nota da OEA sobre o caso Colômbia/Equador. Nós conseguimos barrar a ALCA tal como se desenhava. Fortalecemos nossos vínculos comerciais com a Ásia, o que nos livrou de perdas maiores com a crise dos EUA. Somos um world player por trabalho da diplomacia brasileira. Ganhamos ações na OMC contra o protecionismo de países que estão no topo do ranking mundial. Enfim, onde estaria o erro da diplomacia brasileira?

Anônimo,  14:15  

Diplomacia boa era àquela em que boa parte da nossa renda e poupança eram mandadas para paraísos fiscais. E por lá ficaram. Não geraram emprego nem renda. Era tão boa que boa parte dos brasileiros até hoje deixam o nosso País.
Mas, diplomacia não se faz só com diplomatas e consulados. Também nisso as nossas letárgicas fabricantes de diplomas tem deixado muito a desejar. Ganham pelos diplomas que ostentam não pelos trabalhos que realizam, logo...
Vai uma oscipzinha lucrativa aí gente...???
Devemos reconhecer, contudo, que houve glórias diplomáticas, quando, sob o comando dos Ingleses e unidos aos argentinos fizemos com que o Paraguai seja o que é hoje.
Isso é que é valentia.
Ivan

Anônimo,  14:33  

Eh evidente que um bom curriculo nao impede alguem de dizer besteiras, um exemplo o FHC. Mas um mau curriculo quase sempre garante que o cara sempre diz besteiras, um exemplo o probo e belo Enio Barros.

Ai no caso, o Marco Antonio Villa tem um excelente curriculo, ver: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787708U0&tipo=completo.

Acho dificil que ele nao saiba o que esta dizendo, mesmo porque, ele tem sido um critico feroz ao pior governo que o Brasil jah teve em todos os sentidos, o do OME!!!

Assim o que ele disse deve ser verdade sim, tudo que o governo do OME faz ou deixa de fazer sao sempre com objetivos claros: meter a mao e beneficiar o capital internacional. Para que isto possa se concretizar sem maiores esforcos faz todas as concessoes possives e evita ter maiores dores de cabeca em todos os assuntos. Entao nao ha de se duvidar de que na politica externa seja tambem um desastre. Alias o Brasil INVADIU O HAITI como um cordeirinho a mando do comparsa/companheiro Bush, alguem pode dizer que esta eh uma politica externa eficiente? Brincar de imperialista? Se abre concessoes para nossos vizinhos nao eh por espirito internacionalista e socildario, mas sim porque eh fraco, e tem o rabo preso, pois eh o governo mais corrupto e incompetente que o Brasil jah teve!!!

Cervo™ $$$$$$$$$$$ Servo™

Anônimo,  19:01  

Nao sei se o Brasil INVADIU o Haiti ou se foi uma parte dos haitianos que pediu a intervençao das forças de paz da ONU. Sei, sei que a forças de paz é um termo irônico no caso do Afeganistao e do Irak, mas no Haiti nao tem petróleo.
O Brasil participa pela primeira vez de uma destas "missoes da ONU" o que acho pedagógico para as forças armadas brasileiras e, talvez, ruim para a busca de autonomia do Haiti.
Sinceramente, nao saberia dizer se a intervençao da ONU foi a melhor coisa, ou se deveriam esperar se até que a coisa degringole como no Rwanda, para entao intervir. A questao é delicada, o termo invasao so sera apropriado se o saldo, após a saida, for considerado negativo pelos haitianos.

Anônimo,  23:29  

Caro Anonimo (19:01)

Como voce procura discutir o assunto de forma educada, assim o farei contigo.

Vou lhe dar um exemplo: suponhamos que parte da populacao brasileira, a elite, resolvesse pedir uma intervencao externa, voce concordaria?

Voce jah ouviu falar no Direito de Autodeterminação das Nações, voce acha que esta sendo respeitado?

Voce sabia que esta parte da populacao do Haiti que pediu esta intervencao estao viceralemente ligada ao governo Bush?

Sugiro que voce de uma lida nestes materiais:

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=26619

e

http://www.voltairenet.org/article122293.html

Em lendo, eu tenho certeza que voce vai concordar comigo e dizer com todas as letras que o que temos no Haiti nao eh uma ajuda e sim uma INVAZAO que o governo brasileiro faz criminosamente a soberana nacao do Haiti!!!!!

Cervo™ $$$$$$$$$$$ Servo™

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