7.2.08

Sobre o Santa Felicidade

O bairro tem um nome interessante, quase que curioso, talvez irônico, em relação ao que lá ocorre. Possui uma beleza natural, esplêndida, com um lindo entardecer. Nele convivem adeptos de muitas seitas religiosas: católica, assembléia de Deus, candomblé... É um bairro periférico, com pequenas casas populares e com moradores de uma mescla racial magnífica que resulta na maioria de pessoas de pele morena, de doces olhares. É um lugar sem saneamento básico, portanto, muito sujo, considerado pela opinião pública como o bairro mais violento da cidade; sua gente é solidária, muito afável, entretanto há o preconceito dentro do próprio bairro que é pobre: algumas crianças quase não têm roupa, e é alto o índice de analfabetos (...) O bairro existe desde o início da década de 80; há um e outro bar e algumas lojas. Uma minoria das pessoas possui carro. As famílias foram morar lá como uma conseqüência da política municipal, a qual não permitiu que existissem "favelas" em Maringá, obrigando as pessoas a ocupar aquele local com casas populares. Então muitos estão privados de rede elétrica e de água potável...
Está no livro "Reflexões de quem navega na educação social – uma viagem com crianças e adolescentes", de Verônica Regina Muller e Patrícia Cruzelino Rodrigues, de 2002. Leia mais.
Quem resgatou foi Elias Brandão.

4 pitacos:

Anônimo,  21:29  

e vc ainda diz que não é favela??

Anônimo,  22:12  

O Santa Felicidade, ou vilinha , virou noticia nacional!!!!

A Rede TV , em seu Rede Tv news apresentou agora a pouco a reportagem sobre a favela que nao é favela, ou seria um bairro urbanizado que é favela , sei lá.

Inclusive o Imperador falou que o "projeto " é que chama "Santa Felicidade" e que vai abranger varios pontos da cidade onde existem as "favelas" pois segundo ele existem varias "casas" assim nos fundos de vale da cidade.

Pena que nao passa em rede aberta, apenas na TV a Cabo.

A cara de "ovo" do dito cujo foi impagavel!!!!!

Anônimo,  22:47  

iihhh lá vem uma esquerdista pra fantasia com o seu bom selvagem...

Vamos ao que interessa: a prefeitura foi ou não foi desonesta na elaboração desse projeto?

...e sem essas bobagens que as pessoas tem "doces olhares" e "sua gente é solidária, muito afável". São seres humanos e, como em qualquer outra camada social, tem os honestos, os desonestos, os canalhas, os solidários...

Diz aí pra Verônica e a Patrícia juntarem as suas coisas e partirem pra esse lugar de "beleza natural, esplêndida, com um lindo entardecer"... prefiro água encanada e rede de esgoto...

Anônimo,  23:12  

FAVELA: Conjunto de habitações populares toscamente construídas (por via de regra em morros) e por vezes, com recursos higiênicos deficientes.

FAVELA:(habitação), conjunto de casas de construção rudimentar, geralmente habitadas pela população de baixa renda. No início do século XX, os republicanos tinham a intenção de transformar o Rio de Janeiro, então capital do país, em uma cidade européia. Para atingir este objetivo, iniciaram obras de renovação urbana, derrubando os cortiços. Esta atitude resultou no crescimento da população pobre nos morros, charcos e demais áreas vazias em torno da capital. Assim, surgiu a primeira aglomeração que recebeu o nome de FAVELA.
Localizava-se no morro da Providência, no centro da cidade, cujo nome foi, mais tarde, mudado para morro da Favela. Esta denominação surgiu porque os soldados da Campanha de Canudos, ao voltarem para o Rio de Janeiro com seus soldos atrasados, foram morar no morro da Providência. Lá encontraram uma planta chamada favela, bastante comum no interior da Bahia, onde haviam combatido. Esta planta é uma árvore pequena da família das leguminosas que produz madeira pesada e própria para a marcenaria. Também é conhecida por faveleiro, angico-de-Minas ou brinco-de-sagüi. O nome favela acabou se estendendo a todo o morro.
A partir de então, esta designação se estendeu a núcleos semelhantes em outros morros, áreas desvalorizadas ou na periferia das cidades. Desde seu início, a favela ficou registrada, oficialmente, como área de habitações irregularmente construídas, sem plano urbano, esgotos, água ou luz. Desta precariedade, resultado da pobreza de seus habitantes, surgiram as imagens que fizeram da favela o símbolo da carência e da falta de assistência pública.

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