Ziraldo

Sempre fui fã do cartunista Ziraldo, na foto ao lado do personagem Mineirinho (exclusivo da Playboy); muito, por causa d´O Pasquim. Muitos amigos em Maringá me conheciam pelo fervor com que eu falava dele. Em 1980 embarquei pro Rio de Janeiro e fui à rua Baronesa do Poconé nº 100 convidá-lo para fazer uma palestra em Maringá; ele era simpatizante do PMDB, como eu. Eu me lembro quando a porta do elevador abriu: dei de cara com o desenho dele em que o vietnamita bota o Capitão América pra correr (o desenho tomava toda a parede, causando impacto). Ziraldo me recebeu de forma muito legal; um de seus filhos estava na varanda, ensaiando a banda com amigos. A palestra não saiu.
Ganhei dele alguns livros da Turma do Pererê que me faltavam e autógrafos em outros que havia comprado numa feira que estava acontecendo no Centro. Não esqueço que disse que tinha um pôster - aquela do Tarzan, em que a mulher segura o cipó errado - com dedicatória: "Ao Ângelo, com um abraço do Ziraldo". Ele pegou um dos livors e autografou: "Ao Ângelo, com dois abraços do Ziraldo". Viu ele outras duas vezes, a mais quando esteve na Cocamar e já estava meio desanimado com a revista Bundas, que não entrava na mídia do governo federal. Reclamei a ele que a minha sequer entrava na mídia da Cocamar, onde ele estava. Dei a ele o exemplar da Página com o Joba na capa (ele elogiou a foto), onde tinha uma reportagem sobre um menino maluquinho de Paiçandu; ele pareceu emocionado.