6.12.07

A maçã no papel lilás

(Roberto Balestra)

A gente vive correndo por coisas grandiosas
Que achamos nos encherão de conforto e paz
Mas às vezes há lembranças gostosas
Como as da infância com maçã em papel lilás

Em pequeno, quando passava pela frutaria
Caixas de papelão escritas: manzanas argentinas
Boca cheia d’água, tocava-me uma agonia:
- Será que em casa tem? E corria a dobrar a esquina.

Como coração de mãe sempre sabe o que faz,
Dona Elvira conhecia seu rebento,
Ela abria a geladeira; surgia lindo o papel lilás;
E a maçã vermelha envolvida sumia num momento.

Essas coisas de moleque eu sei não voltam mais
Mas ainda me restaram aqueles bons ruídos
Do desenrolar da maçã o papel lilás.

(Via A Balestra)

5 pitacos:

Anônimo,  16:49  

Esse Balestra é fera...

Anônimo,  18:44  

Belo poema, mas eu jurava que esse papel era roxo. Será que essa cor não dava rima???rssrs

Anônimo,  19:27  

Que viadagem... esse negócio de poesia... bom, deixa pra lá... tem quem gosta...

Anônimo,  19:51  

Balestra esta se revelando um grande escritor, vem livro por ai e dos bons.

Anônimo,  20:04  

Um belissimo soneto do grande Balestra.

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