"Este povo não é de Deus"
De Elias Brandão:
Pê da vida
Um pedinte (de meia idade e com deficiência nas pernas) – agora à tarde – sentado no chão da calçada, na esquina da rua Piratininga com avenida Brasil (Maringá), resmungando bravamente contra o povo que por ele passava: “Este povo não é de Deus. Quem não dá aos pobres, não empresta a Deus”.
6 pitacos:
ele, provavelmente também não é de Deus, pois, sendo, seria também abençoado e não teria tanta pestilência...
Quem empresta a Deus, não precisa de fiador. Quem presta não empresta. Deus é bom, mas exige garantia: caso contrário não teria deixado o seu povo (os judeus, eles dizem que são e eu acredito. O povo bom de lábia, sô) largado dois mil anos pelo mundo afora. Sem direito a nada. Só foi olhar quando sentiu o cheiro de queimado. Era Ritler carneando judeu. Resumo da ópera: Deus não tem nada com a história.
Uma vez eu ajudei uma instituiçao, aquela que tinha creche com crianças órfas, etc. Depois que fiz isto os membros se encarnaram, telefonavam, vinham pessoalmente me chantagear pra doar por mês, um verdadeiro inferno em vida! Mesmo dando esporro, tinha uma que me telefonava com a voz de anjo...!
Até o dia em que saiu no jornal que o tal superior da tal instituiçao tava abrindo uma sede em Miami, numa mansao de 6 milhoes de dolares!
Nao ajudo pobre com dinheiro, nunca mais. Se for pra ajudar, peço o endereço e vou la ver do que precisam.
Realmente tem de ficar bravo mesmo a criatura. É um bom sinal: de que o povo maringaense está largando de ser bobo, sentimentalóide. Esmola nunca foi a solução, nem pra quem pede nem pra quem dá? Ao contrário: alimenta a maldade e a ociosidade humana.
Não use o Santo Nome em vão!...
Esse vai do inferno em que vive para outro pior...
Igualzinho os fundamentalistas.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.