9.12.07

Administração motosserra

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De cima da árvore fiz esta foto, pra mim com o símbolo da administração cidadã de Silvio Barros II: a motosserra.
Lembro que a obra para a qual pretensamente foi retirada a árvore é federal, e o governo federal deveria ser acionado e co-responsabilizado. Ah: derrubaram a canafístula e vazaram, caíram no mato. Toda a operação lembra aquela coisa de... como é mesmo o nome?

6 pitacos:

Anônimo,  18:30  

Sr. Angelo Rigon ultimamente o senhor é que está sendo a notíca

Anônimo,  18:44  

Veja esse poema de Hermes Honório da Costa:


Salmo de Lamento

Senhor, protege-nos contra a tirania do prefeito
e a sua incompetência para administrar.

Em nome de florir a cidade
estão arrancando nossa árvores
e apagando nossas memórias.
Afasta de nós, Senhor, essa desgraça e castiga quem age contra o povo.

A primavera tardou um pouco mas veio e as flamboyants já estão abotoadas. Em breve a Avenida Imbiara estará coberta de flores
vermelhas, laranjas e lilases.

Mas precisamos de seu auxílio, Senhor,pois o machado e a moto-serra já estão prontos para a derrubada e os tratores já preparam suas lâminas
para revirar aterra e sangrar o chão e revolver as raízes.

Nós glorificamos teu nome, Senhor,
pois nunca nos expuseste nas mãos dos inimigos e sempre nos abençoaste na luta e na defesa dos bens ecológicos.

Eles estão mentindo e gastando
o dinheiro público em projetos que conservam a pobreza de muitos
e geram a fome e a miséria.

Nossa força está em ti, Senhor do Universo.
E como fazes germinar a semente,
crescer a árvore e o seu frutificar, protege estas árvores
para que não caiam sob a tirania da incompetência e da insensibilidade.

E se melhor for, meu Senhor,
e conheces a verdade e a justiça,
deixa que a tirania leve nossas árvores para que o povo aprenda
e defenda a natureza, a vida
e sofra o calor, a sequidão
e a árida avenida.

Mas, meu Senhor, protege as árvores, a cidade e suas memórias
contra o vandalismo patrocinado pelo prefeito.

Anônimo,  18:48  

Roberto Amotim (BH)

A árvore

Enorme, soberana, altaneira,
A árvore se eleva, centenária,
Incólume ao nosso burburinho,
Ao som da nossa estupidez diária.

E ela é testemunha de uma era,
Da vida vã de muitos como nós,
Que a viram quando ainda era pequena,
Quando ninguém jamais estava a sós.

(...) O tronco agora pende, solitário,
No centro de uma grande e vil cidade,
Manchado do negrume do asfalto,
Mas nobre no penhor da sua idade;

Perdido na floresta de cimento,
E como se não fosse natural,
Recorda que houve um tempo bem mais simples,
Mais leve, mais humano, mais normal.

Um tempo em que o tempo era mais lento,
Um tempo em que a vida era vivida;
Um tempo em que o homem não passava
Frenético, letárgico em sua lida.

Enquanto a contemplo, o tempo pára;
Percebo o milagre que perdemos
A todo e cada dia, em nossa pressa,
A não viver a vida que vivemos…

Quem dera ela fosse a testemunha
De uma humanidade mais humana.
Pois tudo que lhe resta agora em vida
É o tempo de só mais uma semana;

Pois ela não condiz com a cidade,
Ou o homem que habita nesta terra;
E achará seu fim na nossa infâmia,
Vencida pela feroz motosserra.

E se ela viveu por tantos anos,
Testemunhando a vã febre do homem,
Agora testemunho a sua morte,
E os dentes de metal que o tronco comem;

E julgo ouvir um grito na minha alma;
O grito dos amantes solitários,
O som macabro das almas humanas
Perdidas entre sons e sonhos vários…

A grande testemunha jaz, tombada,
E se transformará em lenha, ou em móvel
Mas cá estou como a velha árvore
Sozinho, enegrecido, e imóvel.

Em que se transformou o ser humano?
Porque se fez tão cego, tão mesquinho?
Pois não só já perdeu a sua alma,
Como aqui viverá, em dor, sozinho.

Elevo a minha alma renovada,
Aponto para o céu que ela apontava;
Talvez assim possa ganhar minh’ alma,
E volte ao estado em que estava:

Quando o mundo ainda era criança,
E a paz vivia plena em nossa alma
Um tempo em que o homem e a árvore
Cresciam, em silêncio, e com calma;

Um tempo em que o amor era vivido,
Um tempo com um homem inocente…
Um tempo em que o coração do homem
Ainda tinha sangue, e era quente;

Um tempo em que o homem se sabia
Ser parte dessa linda natureza
E que vivia em franca harmonia,
Achando no amor a sua certeza.

Se a árvore mostrou-me o começo,
Aos outros pode mostrar o seu fim;
Aprendamos a lição que ela nos deixa,
Para que não vivamos mais assim.

Anônimo,  18:50  

se nao extraem as arvoes, vc reclama que elas caem em cima das casas das pessoas...

nao te entendo...

Anônimo,  19:12  

É ...

Agora dou parabéns à outra administração que preservou o Cedro da Avenida Gurucaia.

Que diferença!

Anônimo,  20:01  

Discriminar e não dar a mínima chance äs ávores e levando-as ä morte, também é crime. Crime grave. Dias atrás estava vendo um filme antigo de western e o sujeito, num tiroteio matou um bezerro. Foi julgado e enforcado.E o que acontecerá com o prefeito? Certamente nada. Então, concluo, O PREFEITO É MAIS SELVAGEM QUE O PESSOAL DO VELHO OESTE AMERICANO. É ISSO QUE PREGA O PP ,O PARTIDO DO PREFEITO OU PARTIDO PROGRESSISTA ? É ISSO QUE É PROGRESSO?

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