Balzac e os jornalistas
Trechos de textos de Balzac destacados por Carlos Heitor Cony na Folha de S. Paulo:
1. “O verdadeiro panfleto é obra do mais alto talento, se todavia não for o grito do gênio”. “Nos jornais da situação, alguns redatores têm um futuro: tornam-se cônsules-gerais nas paragens mais distantes, são nomeados secretários de ministros, ou cumprem outras missões oficiais; enquanto que aqueles da oposição só têm como asilo as academias de ciências morais e políticas.”
2. “As coisas mais interessantes, os grandes e pequenos artigos, tudo se torna uma questão de paginação entre meia-noite e uma hora da manhã, a hora fatal dos jornais, hora na qual as notícias aparecidas no início da noite exigem destaque”. “Com os anúncios tomando um quarto da edição, com as amenidades ocupando um quarto do que resta, os jornais não têm espaço”.
3. “Se há um concorrente para o mesmo posto e alguém quer ser nomeado para ele, pode impedir a nomeação do rival fazendo badalar a sua por todos os jornais.” “O jornal é o jornal e o político é o seu profeta. Ora, os profetas são profetas muito mais por aquilo que eles dizem hoje, do que por aquilo que eles disseram, ontem. Não há nada mais infalível do que um profeta mudo”.
4. “A crítica se tornou uma espécie de alfândega para as idéias.” “O redator de amenidades vive nas folhas como um verme na seda. Se queixa como os sultões de ter prazer demais.” “Para o jornalista, tudo o que é provável é verdadeiro”.
2 pitacos:
Sábia as palavras de Balzac.
Belo texto, Rigon. Parabéns
Você tá devagar Rigon, sei não.......
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.