Violência de vizinhos mata
Segunda-feira, 8 de outubro, por volta das 22h30. O cenário, um casinha pobre, na Vila Marumbi, onde moram um casal de idade, ele, Sr. Adão, muito doente há nos, com sérios problemas cardíacos e o Alzheimer avançando. Em dois “puxadinhos”, que seguem o alinhamento da casa da frente, moram duas filhas casadas e seus respectivos companheiros, mais três crianças pequenas. Pessoas simples, o casal mais velho, principalmente.
Um dos genros, S., tenta montar um guarda-roupa. Mora no último “puxadinho” com a esposa e dois filhos; um de cinco anos e outro de seis meses. Na casa de esquina, bem ao lado, reside uma família “complicada”, temida até pelos próprios parentes. O pai e três filhos adultos, mais a esposa. Eles ouvem o barulho da montagem do guarda-roupa e, já alterados, passam a agredir verbalmente S., que, inadvertidamente, revida. O clima esquenta: pai e dois filhos baderneiros não se contentam em disparar toda sorte de xingamentos, pegam uma moto e passam a avançar com ela sobre o portão de metal do Sr. Adão.
Ao ouvir os seguidos impactos da moto contra o portão, S. vai até lá. O portão já está arrombado e um dos rapazes armado com duas começa a investir contra ele, tendo o pai e outro irmão visivelmente alterados na retaguarda, proferindo palavrões e ameaças. As filhas de Adão entram em pânico quando vêem as armas e se trancam com as crianças dentro de casa. Adão, contudo, mesmo seriamente doente, sempre bondoso, generoso e cristão fervoroso, sai de casa, desvencilhando-se da esposa, que procura segurá-lo. Com a voz tranqüila de sempre e os braços quase cruzados, para ratificar que não quer discussão, aproxima-se dos invasores que ameaçam seu genro, S., mas, mesmo pedindo para que a discussão se encerre, não consegue. O trio de vizinhos aumenta o tom da voz, e, já dentro do quintal, passa a berrar e a ameaçar todos. O pânico das crianças e da esposa de Adão cresce. A vizinhança toda ouve os gritos, mas teme se aproximar porque conhece e teme a fama dos arruaceiros. Adão, que não pode suportar situações como esta, cai, de súbito, no chão. Está tendo um infarto.
Leia na íntegra o texto de Elvio Rocha.
(Link arrumado)|
5 pitacos:
o link naum ta certo! arruma ae...
Cadê a Polícia?Que falta faz um Ministério Público atuante. Problemas como esse certamente nâo comovem autoridades policiais e judiciárias que vivem no conforto de salas refrigeradas. O povo que se exploda!
O texto do Elvio Rocha arrasa mesmo! Vc entra na cena e sofre junto.
Rigon este jornalista não conhece a cidade faz a reportagem enão pergunta o nome do bairro ele não nem ele anda o nome do bairro do acontecido foi Vila Emilia avisa este cidadão.
Joel Barbosa da Silva (Bié)
Bié está certo. É vila Emília mesmo. Troquei as bolas. Mas, creio que o fato independe de lugar. Revolta de qualquer jeito. Só me pareceu que o cara está mais preocupado com isso do que com o fato em si...
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.