10.10.07

Governo, justiça, moral

De Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), o principal teórico do movimento anarquista:

Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (…). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido.
É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado.
Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!


(Via Omedi)

2 pitacos:

Valter T. Dubiela 16:59  

Acho que todos os fundadores de um projeto de sociedade acabam radicalizando e talvez seja exatamente por isto que a coisa nunca deu muito certo. Até em ciência é assim, quando caímos no absolutismo, perdemos na qualidade.
Proudhon aponta o problema das minorias num estado democrático e da maioria num estado totalitário. Mas, quais seriam os problemas num estado anárquico, se isto for possível?

Anônimo,  18:01  

VIVA O ANARQUISMO!

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