Passageiros tiveram morte rápida

Por causa de uma afirmativa feita por um radialista, a de que o choque do avião da TAM não matou os passageiros, e que eles teriam morrido pelo fogo e por causa do cinto de segurança, hoje a conversa na mesa do café girou em torno, novamente, do acidente. Li agora em O Globo o especialista Douglas Ferrari, presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, afirmando que os passageiros "sofreram uma morte rápida e menos dolorosa possível". Parte do texto:
"Especialista em acidentes aéreos, Ferrari promove treinamentos em aeroportos e, na terça-feira à noite, trabalhou como voluntário ao lado dos bombeiros. Há três possibilidades para a morte de quem estava dentro do avião, pela seguinte ordem, explica o médico: o trauma do impacto e da desaceleração, a intoxicação com os gases provocados pelo incêndio e, por último, e mais improvável, o fogo.
— Mesmo em um carro, a 60 quilômetros por hora, o choque já pode causar o coma. Imagine em um avião em desaceleração, que estava a 150, 200 quilômetros por hora. Isso já provoca o falecimento— afirma o médico, que continua— Para mim, isso causou a grande maioria das mortes dentro do avião".