2.7.07

Madeira da máquina de café está bem abrigada

A propósito de post anterior, a Prefeitura Municipal de Maringá explica:

A Secretaria da Cultura tem dado a adequada atenção à madeira retirada das paredes da tulha da antiga Máquina de Café Santo Antonio. Armazenada em local protegido, longe da umidade e outros fatores que possam comprometer sua durabilidade a partir do desmonte, hoje a madeira que compôs a tulha está guardada em local cedido por uma cooperativa. Recentemente, passou por processo de descupinização, uma garantia a mais para conservar a madeira.
Na época do processo que avaliava a possibilidade de tombamento histórico, foram emitidos laudos que comprovaram que o estado de deterioração do prédio inviabilizava a restauração. Apenas a tulha poderia ser preservada e transportada para outro local. Embora a instalação estivesse em melhor estado de conservação que a máquina, a madeira também já apresentava comprometimento. O laudo, inclusive, detectou que para fazer o tombamento histórico seria necessário que o processo tivesse se iniciado alguns anos antes, quando a deterioração
teria sido menor.
A Comissão Especial de Preservação do Patrimônio Histórico de Maringá, formada por três secretários municipais, dois professores da Universidade Estadual de Maringá, dois professores do Cesumar e um representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá, definiu a desmontagem por pessoal técnico que pudesse remontar a tulha posteriormente.
Durante o processo foi realizada documentação fotográfica e a desmontagem, transporte e armazenamento foram feitos por uma empresa especializada, contratada pelo proprietário da máquina de café, com acompanhamento de profissionais da Prefeitura.
Embora não tenha sido tombada pelo patrimônio histórico, o município tem interesse em montar a tulha novamente, para que a população possa apreciá-la. Estão em andamento negociações para buscar um local onde a tulha possa ser reconstruída, conforme foi recomendado no termo de compromisso assinado quando a tulha foi desmontada.

10 pitacos:

Valter T. Dubiela 16:35  

Parece-me que a questao maior ainda é para fazer o quê com os restos da história da cidade? Depois de separar a obra do territéorio, o que conta este monte de madeiras candidato a virar armário decorativo nas fazendas da elite?
Quem teve a brilhante idéia de salvar a história das contruções de madeira, esqueceu de salvar a história da cidade, do território, a implantaçao do edifício na malha urbana. Isto sem falar nas telhas e tijolos, no escritório da velha indústria, nos móveis e ferramentas antigos.
Talvez o grande problema da cidade ainda seja a falta de uma cultura que inclua o patrimônio histórico como um valor superior à especulaçao finaceira.

Anônimo,  19:08  

Os dois membros da UEM, na época Sr. Silvia Zaniratto (representante de história) e Aline Montagna (depto. arquitetura) foram os únicos membros contrários ao não tombamento e ao desmonte da tulha para outro local. A professora Aline Montagna inclusive entrou com uma ação contrária e por este motivo teve sua saída da comissão proposta e aprovada por alguns membros, os quais repudiaram sua atitude. A primeira reunião da máquina de café foi aberta no dia 22/06/05 e no dia 27/06/07 (na 2º reunião, foi deliberado pelo não tombamento da mesma). Portanto, não acho que seja mal o reconhecimento das falhas, parabéns à professora Veroni que o fez publicamente, é sinal de engrandecimento perceber os erros. Não existiu laudo nenhum, esta foi a razão da discordância da professora Aline Montagna , a decisão foi tomada com base em visitas locais, em sua ação ela discordava da remoção da tulha e solicitava que se fizesse um laudo por especialistas, alguns membros (Sr. Guatassra, em especial) se ofenderam porque entenderam que ela estava duvidando da capacidade dos membros. Por esta razão entendo também que o processo só poderia ser deliberado após esta consulta. É impressionante, como esta gente da prefeitura vai divulgando nota e usando o nome dos outros membros (em especial os da UEM, para dar credibilidade) para sustentar suas meias verdades. Acho incrível também que diante das fotos digam que o material está bem guardado, e que diante do termo de compromisso registrado em cartório digam que a montagem da tulha é uma recomendação, não é, lá está bem claro, é um termo de compromisso de preservação, no qual a prefeitura reconhece o valor histórico e assume a obrigação legal de preserva-la.. Afinal de contas porque fez o Sr. Mario Lamon gastar dinheiro com a empresa especializada se não há obrigação de montâ-la, vai a madeira ficar guardada eternamente?. Ângelo, sugiro que faça uma entrevista com a professora Aline Montagna (acho que ela tem muito a dizer sobre esse caso). Ela pode realmente dizer como foi esse processo de tombo.

Anônimo,  20:02  

Nasci em Maringa no ano de 1965, hoje com 42 anos, relembro com saudade da casa de madeira,onde morei quando criança entre meus 0 a 8 anos. O local, Av. Brasil ao lado das Lojas americanas. Ná época tinha muitos terrenos vazios, no local da Americanas era um posto de gazolina. Brinquei de bola em plena Av Brasil. Imagine se tivessemos que preservar tudo aquilo que existia na época, com certeza Maringá não seria o que é hoje. Gosto da cultura, mas preservar velharias, somente em fotos e lembranças. No trevo da Av. Kakogawa e Av Morangueira, existia uma máquina de beneficiar arroz... Só lembranças, lembranças...

Anônimo,  20:22  

Ninguém sugere que se preserve tudo,como disse o anônimo das 20:02 horas, apenas que não se descarte tudo. O anônimo pode por acaso me dizer de um só, só um bem material ou imaterial que esta administração tenha preservado. Para que uma gerência de patrimônio histórico ou uma comissão de patrimÔnio histórico se nada se faz em prol da preservação. Isto não é incoerente?

Anônimo,  21:36  

Na entrevista dado ao Diário a secretária Flor Duarte falou que não há previsão de que quando a tulha será montada, agora na nota diz que já estão estabelecendo negociações para monta-la em breve.Mas que coisa mas confusa, este papo agora é para desembaraçar-se da situação constrangedora que ficou diante da publicação das fotos.

Anônimo,  21:39  

A Cocamar,local no qual a tulha esta depositada, é se não estou enganada, a 2º cooperativa do Brasil. Como que pode armazenar sua soja num lugar infestado de cupins, sim porque a secretária disse que recentemente foi feito uma descupinização no local e no madeiramento, cupim se espalha, se esta na madeira, esta também na soja. Não tem cupim nenhum, aquilo era madeira de peróba e das boas, fui lá e vi. Imagina que a cocamar ia deixar cupim no meio da soja, eles não são desmanzelados. Essa conversa é só para dizer que esta se cuidando da tulha que por ora esta desmontada.

Anônimo,  21:46  

Há uns dois meses atrás fui no armazém e vi esse madeiramento, misturado no meio da soja, do modo como estava era um estorvo para a soja. Pelas fotos no blog, vejo que a tulha foi empilhada , na época estava jogada, esparramada sobre o chão. Alguém passou por lá e deu um ajeitada, a coisa estava muito pior.

Anônimo,  23:02  

A composição da comissão é bem diferente da anunciada. Não são 05 membros da sociedade e três do governo. São 07 do governo e 04 da sociedade civil. A saber:
Do governo:
*Flor Duarte, Ana Paula Pires, Sueli Gonçalves (sec. cultura)
*Inako KUbota e Walter Progiante (Sec. Desenvolvmento Urbano)
*Veroni Friedrich (ex membro,da secretaria de educação)
*Areli Correa (procuradoria geral)

Da sociedade
*José Henrique Rollo/UEM
*Francisco Peralta/UEM
*César Godoy/Cesumar
*Anibal Verri/AEAM

Porque a prefeitura inverte os dados, acho que é pelo fato de que ela mesmo reconhece que isto não é uma comissão, é um arranjo, uma encomenda.

Anônimo,  08:52  

Ao anonimo das 20:22, como voce solicitou estou respondendo. Voce esta preocupado com a história, ou com a politicagem em cima desta administração. Se voce tivesse perguntado de todas as administrações, quem sabe exsistiriam poucas em toda a historia. Com isso afirmo que o problema não e só desta administração. Preservar a cultura concordo, mas fazer politicagem com assuntos, e babaquice.

Anônimo,  09:42  

Ao anônimo das 8:52 respondo que não faço politicagem , já votei de PT a PFL. Nunca a cidade teve uma politica séria e contínua para se discutir este assunto. Mas nas as outras, há atos de preservação (tombamentos) ou então, intervenções (obras de restauro). O Ricardo restaurou a Capela Santa Cruz, O Jairo deu uma reformada na São Bonifácio. No governo do PT foi organizado, ainda que com intervenção do Ministerio Público a comissão que (ainda que de forma um pouca precária)a A CMNP. Agora esta administração não tem um ato de preservação ou uma ação de restauração, me diga uma, só uma, ainda que não tenha financiado mas que tenha ido lá para apoiar, dar assitência. Nesta administração muito poderia ter sido feito, além da gerência de patrimônio há uma comissão permanente de patrim. histórico, na qual há pessoas gabaritadas mas são tolhidas pelas pretensões do governo. O que tinha de mais significativo em termos da história local e regional foi por este governo colocado abaixo, como por exemplo; a máquina de café Santo Antônio e agora querem botar abaixo a rodoviária, para construir um prédio comercial, um estacionamento ou até deixar no local um burraco, e pior sem a realização de estudos que apontem ou não a relevância do bem, um processo marcado por interferências do governo de ordem prática, feito na base da conversa, na base da ordem vinda de cima para baixo, uma composição de 70% dos membros sendo da prefeitura. Além disto que ações de preservação tem feito esta adminsitração no foi outrora tombado, você tem ido à capela Santa CRuz, a Capela São BOnifácio ou ao monumento ao Desbravador (só alguns exemplos,t em outros) para ver há quantas andam esses bens históricos. Lembra-se também da tipografica que ficou quase um ano jogada na calçado do teatro Callil Haddad. Concordo, falta politica de preservação em todas as administrações, mas nunca esse bota abaixo tão sem critério feito com tanto pragmatismo. Todas as administrações foram omissas, mas esta tem responsabilidades muito maiores.

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