A política como traição
A) Trecho inicial do artigo de Andrés Ortega em El País, via ex-blog do Cesar Maia:
1. Nenhuma outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair os mentores que se apresentam como companheiros ou amigos.
2. Maquiavel situou a traição dentro da “virtú” política, que pouco tem a ver com a moral e com o ódio.
3. A traição pode plasmar a dialética hegeliana (só que sem a idéia de progresso) na qual se nega o anterior : não se trai para ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava trabalhando com seu predecessor acabe sendo muito diferente ao chegar à cúspide.
4. Para ser traidor deve se ter resistência. As traições ocorrem dentro de uma mesma família (política). Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, dentro do próprio grupo. Os desdobramentos nem sempre são pacíficos.
B) Início de legislatura em 1937. Churchill - já deputado veterano - degustava seu charuto, aguardando a primeira sessão. Senta-se a seu lado um jovem e estreante deputado, e puxa conversa, apontando para a bancada da frente, simétrica, dos deputados do outro partido, e diz. - É deputado... ali na frente estão os nossos inimigos. Churchill reagiu de bate-pronto: - Inimigos, não. Ali estão os nossos adversários. Nossos inimigos estão aqui atrás.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.